No mundo da moda, a sigla XXL diz respeito ao tamanho extra, extra large [muito, muito grande], mas no mundo da restauração refere-se aquela que é uma das mais recentes aberturas do grupo Olivier. Foi durante a pandemia que o antigo XL passou para as mãos do chef Olivier da Costa que, com a sua irreverência e criatividade, acrescentou mais um X na história daquele que, durante 26 anos, foi um dos restaurantes mais icónicos da cidade lisboeta. Desde que o XXL abriu portas, em dezembro de 2021, Olivier decidiu fazer jus à história deste local ao incluir, lado a lado com as suas criações originais, alguns dos pratos que deram fama a este estabelecimento que, durante anos, fizeram as delícias dos clientes, como é o caso dos soufflés e bifes.
A única coisa que foi mudada de raiz foi a decoração do espaço. O papel de parede às riscas em dois tons de verde, a mobília de madeira escura e os tetos trabalhados não deixam ninguém indiferente. Mas para além da decoração deste bistrô chic, existe outro elemento que salta à vista: o menu. Em época de Santos Populares, Jorge, o escanção do restaurante, recebeu o SAPO Lifestyle e presenteou-nos com uma seleção surpresa de alguns dos ícones (e novidades) do XXL.
Começámos com o tradicional cesto de pão e manteiga dos Açores (6€), seguido de um queijo amanteigado com doce de abóbora (7€) e a tábua XXL, composta por uma seleção de Saucisson franceses, terrina XXL, cornichons, cebola confitada em vinho do Porto e manteiga francesa (8€).
No campo das entradas a oferta é muito diversificada: desde a gamba despenteada com molho de maionese, parmesão e manjericão (9,5€) ao "ovo", um puré trufado com ovo, quatro tipos de cogumelos e um toque de pimenta (18€), o difícil vai ser mesmo escolher. Esta secção conta com duas novidades: o gaspacho, uma sopa fria confecionada com tomate, uva e maçã e que pode ser rematada com toppings de courtons e ovo ralado (14€) e o croquete de espinafres (8,5€). A par do gaspacho, a salada de aipo é uma proposta refrescante para os dias em que as temperaturas elevadas não dão tréguas.
Para pratos principais de peixe e carne fomos surpreendidos com uma das novas adições da carta - um arroz de Tamboril com camarão e coentros (58€) - e um dos pratos clássicos - um Bife Café Paris (37€), um corte de carne do lombo confecionado com um molho à base de mostarda e especiarias acompanhado por batatas fritas (7€).
Todas as doses são generosas, repletas de sabor e confeccionadas com produtos de qualidade, não fosse esta, nas palavras de Olivier, a cozinha de abraço de mãe. A refeição termina sempre com um doce, podendo optar pelo bolo de chocolate (9€), o pudim abade priscos (9€), as fatias douradas (10€), o soufflé doce de leite (13€) ou pela bomba branca (9€), uma das sugestões do mês. Antes de ficar com a barriga cheia, como foi o nosso caso, guarde espaço para provar as pipocas com caramelo salgado que são cortesia da casa.
A refeição pode ser complementada por uma das opções disponíveis na garrafeira do espaço, que se destaca pela vasta oferta de vinhos, e que faz parte do charme da decoração.
A placa com a inscrição Michelin seguida de três estrelas vermelhas, que se encontra na fachada do XXL, pode levar os mais distraídos a achar que o estabelecimento está incluído no famoso guia que, desde o início do século XX, atribui a tão aclamada distinção. Apesar de se ler “este restaurante não tem nenhuma estrela Michelin”, a verdade é que nem isso lhe tira o mérito e sucesso que lhe assistem. “Está a correr top. Para mim é o meu restaurante de eleição. É onde eu passo a vida”, referiu o chef Olivier sobre o estabelecimento ao SAPO Lifestyle. “O XXL é o meu menino de ouro.”
Localizado em frente à Assembleia da República, o XXL só abre ao jantar e encerra aos domingos.
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