Se há coisa que podemos dizer que Lisboa tem é vistas que impressionam. As colinas, o rio Tejo, ruas e praças amplas são cartão de visita da cidade e no meio disto temos o Suba, o restaurante do Hotel Verride, ao lado do miradouro de Santa Catarina (mais um dos pontos de visita quase obrigatória da capital), vale a visita por vários motivos.
O primeiro é a sua localização. É nos últimos andares do hotel, virado para o rio Tejo, que conseguimos apreciar, não só a vista para o Tejo como também admirar toda a linha da frente rio que se estende por largos quilómetros.
O segundo são os pratos do Chef Fábio Alves, no Suba há dois anos, que confessa buscar a inspiração no dia a dia: seja a cozinhar um prato para a família, seja depois de provar algo da sua “terra” – Fábio Alves é transmontano, seja numa visita. “Gosto de ir até à Arrábida, é um sítio de onde trago sempre algumas ideias”, partilha com o SAPO Lifestyle. “É ver alguma coisa que me faz pensar 'eu consigo fazer dali um prato'”. Porque um prato faz-se por camadas e não se trata apenas de juntar ingredientes. Há um jogo de construção de sabores que podemos encontrar nos pratos do Chef. Amante da cozinha de fusão, não é difícil encontrar algum toque oriental nas suas propostas à mesa como nos já icónicos pratos de Lula, alcachofra e dashi de legumes invertido ou Cabrito de leite, arroz e couve kale.
Há agora novas opções da carta de primavera como o Lavagante, cevadinha, sapateira e yuso ou o Robalo, abóbora e jus de peixe e ouriço. Outras novidades são o Pombo Royal, salsifi e foi gras, a Presa, batata-doce fumada e bolhão pato jus, o Lombo de vitela maturado, milhos, queijo e trufa. O Tofu, alface cogolho e balsâmico ou a Pasta fresca de cogumelos, jus vegetal e miso são algumas das opções vegetarianas da carta.
O Chef Fábio Alves consegue ainda a proeza de juntar o lado de pastelaria e, trabalhando em equipa, nascem as ideias das sobremesas do Suba. Muitas delas começam na sua cabeça e ganham forma com a ajuda de todos. Uma delas é a já emblemática Esfera de chocolate banhada a ouro, favo de cacau e frutos vermelhos, que é uma das sobremesas mais apreciadas do restaurante. É como ir ao Pap’Açôrda e não pedir a mousse de chocolate. Mas se conseguir desviar-se deste caminho, poderá degustar a Falsa lima, ananás dos Açores e coco, o Tiramisú com ganache de chocolate e ruibardo ou a Tartelete de grão, morangos e sorvete de soja, entre outras opções.
O terceiro é o serviço. Podemos estar no melhor restaurante do mundo, mas se o atendimento não corresponder, não teremos vontade de voltar. E aqui, há a atenção esperada para com o cliente, sem ser de mais nem de menos. O suficiente para nos sentirmos bem recebidos, ao mesmo tempo que apreciamos os restantes elementos.
Opções para todos (vegetarianos incluídos)
Quem visitar o Suba tem à sua disposição diversas opções, podendo escolher entre o tradicional serviço à carta, o Menu Vegetariano de cinco pratos (55€ por pessoa, com opção de harmonização vínica por 45€), o Menu do Chef (80€ por pessoa, com pairing de vinhos disponível por 45€) que apresenta cinco experiências originais que são renovadas a cada quinze dias, sem repetir pratos, e a opção do Menu Executivo, disponível ao almoço de segunda a sexta-feira, diferente a cada semana, e que inclui duas opções de entrada, de prato principal e de sobremesa, além de couvert e café, por um valor de 30€, sem bebidas.
“O grande desafio é trazer clientes para um restaurante de hotel. Eu sempre trabalhei em restaurantes de hotel e a grande dificuldade que sempre senti é mesmo essa porque não é muito normal as pessoas virem a este tipo de restaurantes. Os hóspedes acabam por comer cá, mas sendo um hotel de cidade o desafio é mesmo esse. Por isso se fez a aposta de separar o Suba do Verride e acho que isso está a funcionar", conclui o Chef Fábio Alves.
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