Preenchimento com células estaminais, aplicações de botox que saciam a fome, soluções milagrosas para glúteos descaídos...

Tudo aponta para que num futuro mais ou menos próximo inúmeras técnicas e tratamentos que andam de mãos dadas com a ficção científica passem a fazer parte dos nossos cuidados estéticos quotidianos.

Já não falta muito para que metade das investigações sobre técnicas, terapias e aparatologia cosmética que se encontram em fase de investigação sigam em frente. Dentro de muito pouco tempo submetermo-nos a um implante ou vermo-nos livres das rugas será tão simples como aplicar rímel nas pestanas... ou quase.

No XVI Congresso Mundial de Medicina Estética, realizado em Abril de 2007, no Brasil, abordaram-se os bons resultados obtidos através da mesoterapia com Plasma Rico em Factores de Crescimento para tratar a flacidez do rosto. Esta baseia-se na aplicação intradérmica de um complexo derivado do plasma rico em plaquetas obtido do próprio paciente.

De acordo com Joaquim Seixas Martins, cirurgião plástico no Hospital Egas Moniz e na Clínica Atlanta, em Lisboa, «trata-se de um processo positivo, com bons resultados, fácil de realizar e que está intimamente associado à utilização de células estaminais, que também podem ser encontradas nos transplantes de gordura, realizados frequentemente».

O tratamento consta de duas partes realizadas simultaneamente:

1. Obtêm-se as plaquetas ricas em factores de crescimento que regeneram as funções internas da pele, como a formação de colagénio, elastina e ácido hialurónico. Estas plaquetas obtêm-se através da extracção de sangue da própria pessoa e da separação dos seus componentes em laboratório.

2. Enquanto se trabalha o sangue, submete-se a pele do paciente a microdermoabrasões e peelings. Depois, e com uma agulha muito fina, realizam-se as injecções do plasma em todo o rosto e pescoço. Não precisa de anestesia.