É, pois, fundamental fazer com que as preliminares sejam parte indissociável das relações sexuais. Afinal, um bom começo pode estar naquele abraço apertado ou naquele beijo prolongado e intenso.
No entanto, seja qual for o ponto de partida, é sempre bom lembrar que não se deve fazer amor seguindo uma lista de gestos ou acções pré-definidas. A espontaneidade deve prevalecer. Uma relação sexual saudável, que provoque uma excitação intensa e em curva ascendente, demanda um certo "derretimento", ou seja, um estado de entrega, que deve preceder o sexo.
Para atingir este estado, há apenas uma condição básica: não ter pressa. Beijar a boca com convicção, por exemplo, é algo íntimo e excitante. As carícias e os abraços também não podem ser deixados de lado.
Não se reprima
A intimidade que se estabelece entre um casal que está prestes a fazer amor não pode ficar limitada ao toque, às carícias ou ao contacto visual entre os parceiros. É importante conversar, fazer confidências sobre os desejos e vontades, eventualmente até confessar uma fantasia censurável em outras condições.
Normalmente, no amor, os eufemismos infantis ou os nomes técnicos para denominar certas coisas podem ser despropositados. Por vezes, há que perder toda a inibição e não ter vergonha e falar de uma forma lúdica para destruir todas as repressões. De que está à espera? Liberte-se dos preconceitos e aproveite os preliminares!
Troque uma "rapidinha" por uma guerra de beijos. Por vezes, o casal ganha mais se guardar para um outro dia a excitação contida nos preliminares. Mas, os homens não sabem lidar com a excitação, precisam de a finalizar; e não imaginam o que perdem se adiarem a relação sexual.
Geralmente, a mulher, que guarda essas pistas eróticas, ao relembrá-las, excita-se e antecipa o desenrolar do encontro. Um homem, ao insistir na "rapidinha", revela desinteresse pela parceira e total desconhecimento da psicologia feminina. Quem busca qualidade não deve duvidar dos efeitos poderosos da guerra de beijos.
Outro conselho que os homens devem ter em conta: em vez de abrir a porta do quarto, abra a porta do restaurante para a sua namorada. Há poucas coisas mais afrodisíacas para uma mulher do que se sentir cortejada, perceber-se objecto de atenção especial, receber um elogio, ser surpreendida com bilhetes para uma peça de teatro ou um convite para jantar. Lembre-se que não existe terapia sexual séria que não vasculhe, também, as disfunções do relacionamento. Boa parte das conversas nos consultórios é dedicada ao que os parceiros fazem quando estão vestidos. Aos homens que se queixam da falta de vontade da companheira são feitas perguntas bastante simples: há quanto tempo não leva a sua mulher ao cinema? E a um restaurante novo?
Acontece que os homens, depois de alguns anos de convivência, esquecem-se de pequenos cuidados, que obviamente dão trabalho, mas são compensadores. Não custa nada dar à companheira o prazer de vestir uma roupa nova e sair. Só o ritual de se produzir já deixa a mulher excitada. Além do mais, sente-se mais bonita e desejável. E é o parceiro que fica a ganhar no fim da noite, pelo menos mais do que se ficasse em casa de pijama, a comer pizza e a ver o futebol.
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