O estudo que analisou os Millennials, a geração de pessoas nascidas em 1990, descobriu que este é o grupo mais sexualmente inativo desde a Grande Depressão de 1929.
"A única outra geração que mostrou uma taxa tão alta de inatividade sexual foi a das pessoas nascidas nos anos 20", afirma o estudo publicado na revista científica Archives of Sexual Behavior.
A investigação revelou que 15% dos Millennials norte-americanos com idades entre os 20 e 24 anos relataram não ter parceiros sexuais desde que fizeram 18 anos, em comparação com 6% das pessoas nascidas na década de 60.
"Este estudo realmente contradiz a ideia generalizada das aplicações de engate, como é o caso do Tinder, de que os Millennials são a geração 'conexão', sugerindo que estão à procura de relacionamentos rápidos e sexo casual com bastante frequência", disse Ryne Sherman, coautor do estudo e professor associado de psicologia na Florida Atlantic University.
"Os nossos dados mostram que este não parece ser o caso, e que os Millennials não são mais promíscuos do que os seus antecessores", completou. Por exemplo, em comparação com os homens, as mulheres de hoje em dia tem duas vezes mais probabilidade de serem sexualmente inativas.
O estudo também revelou que existem menos jovens com carta de condução ou trabalhos remunerados, sugerindo que "estão a crescer mais lentamente do que as gerações nascidas na década de 80".
Outra investigação divulgada no início deste ano pelos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos revelou que 41% dos estudantes do ensino secundário disseram ter tido relações sexuais, em comparação com 54% em 1991.
Ryne Sherman disse que as razões para esta mudança são complexas, mas que podem estar relacionadas como uma maior consciência sobre as doenças sexualmente transmissíveis, acesso fácil à pornografia e, talvez, diferentes definições entre as gerações do que é o sexo - se este se refere a sexo oral ou coito, por exemplo.
A verdade é que saber mais sobre sexo e poder vê-lo em vídeo não se traduziu em mais sexo real para os jovens de hoje. Segundo Sherman, o aumento do individualismo observado nos Millennials pode estar a influenciar a maneira como eles se sentem mais pressionados para adequar o seu comportamento ao de outros jovens.
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