Um grupo de investigadores liderado por Kazuo Nishimura, professor na Universidade para a Inovação dos Sistemas Sociais de Kobe, e Tadashi Yagi, professor da Universidade de Economia de Doshisha, divulgou uma pesquisa que demonstra que as crianças que recebem atenção e cuidados por parte dos pais tendem a ser mais bem sucedidas, quer a nível profissional quer a nível pessoal e social.

O estudo teve como objetivo analisar os efeitos dos estilos parentais usados no Japão. Para isso realizaram, em janeiro de 2016, uma pesquisa online dirigida a 5.000 homens e mulheres a quem fizeram uma série de perguntas sobre o seu relacionamento com os pais durante a infância. Com estes dados, foi possível identificar quatro fatores principais: (des)interesse, confiança, regras e independência.

Além disso, também analisaram experiências do tempo que pais e filhos passavam juntos e a frequência com que eram repreendidos.

Com base nestes resultados, os investigadores chegaram a 6 estilos parentais:

Apoio: Níveis altos ou médios de independência, altos níveis de confiança, elevados níveis de interesse por parte da criança, e tempo de qualidade passado com a criança.

Rigoroso: Baixos níveis de independência, níveis de confiança entre o médio e o alto, rígido, níveis médio-alto de interesse, muitas regras em casa.

Indulgente: níveis altos ou médios de confiança, restrição média, algumas regras, pouco tempo de qualidade entre pai e filho.

Maleável: Baixos níveis de interesse mostrados pela criança, não muito restrito, algumas regras, pouco tempo de qualidade.

Austero: Baixos níveis de interesse pela criança, baixos níveis de independência, baixos níveis de confiança, rígido.

Médio: Níveis médios em todos os fatores analisados.

Os resultados demonstram que crianças que tiveram pais atenciosos, tornaram-se no futuro em adultos mais felizes e bem sucedidos a nível profissional.

Pelo contrário, quem recebeu pouca atenção dos pais e viveu num ambiente rígido e com muitas regras, eram igualmente bem sucedidos a nível profissional mas demonstraram ser pessoas infelizes e mais stressadas.