A adolescência é um período tão ricamente vivido em que as emoções, sentimentos, sensibilidades, vulnerabilidades e afetos se revelam intensamente, por esse motivo a sexualidade na adolescência é vivenciada com um “turbilhão de emoções”. Por estas razões é de primordial importância falarmos mais de sexualidade e afetos, um diálogo franco e aberto sobre as questões que são colocadas.
O afeto pode ter variadas formas de ser expresso, através do modo do(a) adolescente se comportar, de comunicar, de interagir. É a forma como o afeto é vivido que transforma o ser humano e que permite uma experiência de vida equilibrada.
A sexualidade contribui positivamente para o desenvolvimento pessoal e proporciona através da sua expressão um bem-estar pessoal e relacional, sendo que não está somente presente com vista à reprodução.
As crianças e os(as) adolescentes descobrem a sexualidade cada vez mais precocemente. No caso das informações fornecidas por amigos (as) são conteúdos transmitidos por outros adolescentes que também estão repletos de dúvidas, mas que se aventuram na tentativa de responder a questões que não dominam.
Laviola (2006) refere que as crianças aprendem sobre sexualidade primeiramente através dos comportamentos e significados fornecidos pela família, ampliando a compreensão a respeito do assunto e, mais tarde, pelas informações fornecidas por meio da educação formal. Os pais/mães e os(as) educadores(as)/professores(as) precisam de orientações para a adequação de informações à criança e/ou adolescente numa linguagem clara e acessível. A escola é o local privilegiado para a sensibilização desta área tão particularmente sensível, interessante e que traz tanta curiosidade aos(às) adolescentes.
Alguns jovens vivem a experiência de um novo amor inúmeras vezes e de modo quase efémero ou repentino, que surge e desaparece, outros jovens sentem que tarda em chegar esse momento, porém, ele acaba por chegar sem aviso prévio e acarreta sentimentos que baralham os(as) adolescentes.
Estes relacionamentos amorosos na adolescência são um ensaio para a vida adulta e muitas vezes estas experiências são uma forma de aprendizagem na relação com os(as) outros(as), testando as suas competências. Estas vivências são parte de um processo de construção da identidade do adolescente.
A busca da identidade e o despertar do erotismo pode traduzir um período critico, o que levará eventualmente a mais conflitos entre filhos(as) e pais/mães. As várias dimensões desta etapa são exigentes e necessitam que os intervenientes as compreendam, vivenciem e valorizem, e neste sentido a família é um espaço indispensável para garantir a proteção na formação destes(as) adolescentes com muita afetividade.
“Não há nada mais gratificante do que o afeto correspondido, nada mais perfeito do que a reciprocidade de gostos e a troca de atenções.”
Sandra Helena
Psicoterapeuta Infantojuvenil
Psinove – Inovamos a Psicologia
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