As universidades associadas à Rede de Universidades da Terceira Idade, em Portugal, têm vindo a aumentar ao longo da última década tanto no continente como nas ilhas, revela o relatório “Estado da Educação 2018”, hoje divulgado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que faz um retrato do país.
Entre 2008/2009 e 2017/2018, as universidades seniores passaram de 113 para 307. No mesmo sentido, o número de alunos também disparou, aumentando 113% naquele período, segundo o relatório.
Nas salas de aula, as mulheres voltaram a ser maioria, com os homens a representar 35% do universo de alunos.
No entanto, o número de adultos que decidem regressar à escola para iniciar ou terminar o ensino básico diminuiu cerca de 80%, entre 2009 e 2018.
Comparando com a média da União Europeia, “Portugal tem o dobro de adultos entre os 30 e os 34 anos com mais baixas qualificações”, lamentou a presidente do CNE em declarações aos jornalistas.
Em Portugal, um em cada três jovens adultos (33,5%) ainda tem níveis de qualificação muito baixos, enquanto a média da UE é de 16,4%.
O relatório apresenta o ano de 2014 como o mais negro, uma vez que foi o que teve menos adultos inscritos para continuar os estudos interrompidos antes do tempo. A partir de 2015, a tendência inverteu-se, embora de forma pouco expressiva.
No que toca ao ensino básico, em 2017/2018, 5.848 adultos conseguiram concluir processos de reconhecimento, validação e certificação de competências, outros 3.429 terminaram cursos de educação e formação de adultos. Houve ainda 124 em ensino recorrente e outros 106 em formações modulares certificadas.
Já no secundário a quebra do número de adultos foi de 70%, verificando-se também a partir de 2015 um crescimento gradual. Os processos de reconhecimento e validação de competências foram a modalidade que registou o maior decréscimo de adultos (menos 81%) entre 2009 e 2018.
No ensino secundário, 8.641 adultos concluíram cursos de educação e formação de adultos e, em 2017, a proporção de indivíduos que frequentavam modalidades formais de educação, entre os 30 e os 39 anos, era inferior (menos 2,6 pontos percentuais) do que a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da UE23 (países membros da União na OCDE), com menos 6,6%.
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