Os professores em Portugal são profissionais muito qualificados e estão envelhecidos, mas só 0,02% estão no topo de carreira, revela o "Estado da Educação 2018", que alerta para o longo tempo para se progredir.
Na escola quem tem mais dificuldades financeiras é, geralmente, quem mais chumba. Os computadores estão velhos e não têm ligação à Internet. As crianças passam demasiadas horas nas creches. Há mais idosos na Universidade sénior, mas menos adultos a terminar o secundário. Este é o retrato da educação
As crianças passam quase 40 horas por semana com as amas, nos infantários ou creches em Portugal, um dos períodos mais elevados da Europa, cuja média é cerca de dez horas semanais menor.
As universidades destinadas à terceira idade quase triplicaram e o número de alunos aumentou 113% numa década, mas há cada vez menos adultos a regressar à escola para continuar o ensino básico ou secundário.
Os chumbos e a existência de “uma escola nitidamente muito feminina”, onde os rapazes têm menos sucesso, são dois dos fenómenos descritos no relatório “Estado da Educação 2018”, hoje divulgado e que apresenta um país a progredir.
A despesa do Estado em educação cresceu desde 2012, mas está ainda mais de 700 milhões de euros abaixo de 2009, indica o relatório Estado da Educação 2018, do Conselho Nacional de Educação (CNE), hoje divulgado.
Duas investigadoras defendem, num texto publicado no relatório Estado da Educação 2018, hoje divulgado, que a educação das crianças dos 0 aos 3 anos deve ter mais qualidade e uma tutela pedagógica única da responsabilidade do Ministério da Educação.
A percentagem de alunos do básico e secundário que beneficia de ação social escolar (ASE) diminuiu na última década, mas o Conselho Nacional de Educação (CNE) alerta que a escola pública ainda não venceu o determinismo social no insucesso.
Os computadores das escolas são cada vez menos, estão mais velhos e muitos nem têm ligação à Internet, avisa o relatório “Estado da Educação 2018” hoje divulgado pelo Conselho Nacional de Educação.
Numa escola degradada do Seixal, frequentada por alunos de 24 nacionalidades, todos os dias se fazem “milagres” e “ninguém é deixado para trás”, num dos oito casos apresentados como “inspiradores” do relatório do Conselho Nacional de Educação, hoje divugado.