O primeiro seminário sobre Violência Doméstica e Gravidez vai ser realizado em Bragança, no próximo dia 14 de Dezembro.
A iniciativa partiu do Agrupamento de Centros de Saúde do Alto Trás-os-Montes I Nordeste (ACES Nordeste), no âmbito do Projecto Violência Doméstica e Gravidez.
Segundo comunicado do Ministério da Saúde, um estudo realizado recentemente na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que incidiu sobre a região Norte, apontou para uma incidência da violência doméstica em 9% das grávidas, valores acima da média da Organização Mundial de Saúde.
Neste sentido, o objectivo é sensibilizar e consciencializar os profissionais de saúde para a temática da violência doméstica em grávidas, reforçando o papel da saúde no combate a esta problemática.
Segundo comunicado do Ministério da Saúde, «a diminuição da violência doméstica tem sido uma das batalhas encetadas pelo ACES Nordeste. Em 2007 foram criados em todos os Centros de Saúde do distrito de Bragança gabinetes de apoio às vítimas e em 2009 foi implementado o Projecto Violência Doméstica e Gravidez que agora dá o mote para a realização do primeiro Seminário sobre Violência Doméstica e Gravidez».
Para muitas mulheres a gravidez pode, porém, ser o início de um ciclo interminável de maus-tratos e agressões físicas e psicológicas, ou o agravamento da violência que já existia na sua relação íntima antes de engravidarem.
Esta realidade é chocante e apresenta-se como um dos principais factores de risco para a saúde da mulher e da criança, quer física quer psicológica, e constitui, inclusive, perigo de morte para ambas.
Estudos indicam que determinadas complicações que surgem durante a gravidez estão significativamente associadas à presença de violência doméstica e os efeitos dos maus-tratos prologam-se no período pós-parto, podendo desencadear algumas perturbações, nomeadamente a depressão pós-parto.
03 de Dezembro de 2010
Primeiro seminário sobre Violência Doméstica e Gravidez realiza-se em Bragança
Este artigo tem mais de 13 anos
Estudo indica que 9% das grávidas da região Norte sofrem maus tratos
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