Ricardo Cunha tinha 23 anos quando, em 11 de setembro de 2010, um sábado à noite, ouviu bater à porta por volta das 23:20 enquanto via televisão com a namorada no apartamento onde vivia, em West Norwood, sul de Londres.
Ao assomar-se à janela para ver quem era, foi alvejado na cabeça, resultando na morte imediata.
Ao longo destes dez anos, a Polícia Metropolitana de Londres reforçou a teoria de que Ricardo Cunha terá sido vítima de um equívoco, e que não era ele o alvo do crime.
Em 2011, publicou a imagem de um revólver Webley Mark Six de 1924, que pode ter sido a arma do crime, a qual foi disparada durante um incidente três dias após o homicídio de Ricardo Cunha não muito longe, no bairro de Brixton.
Ninguém ficou ferido durante o incidente e a arma foi encontrada no dia seguinte, mas a polícia desconfia que este elemento possa ajudar a encontrar os autores do crime.
“Eu sei que alguém sabe quem alvejou este inocente na sua própria casa. Com o passar do tempo as afiliações podem mudar e eu apelo diretamente àquelas pessoas que, por algum motivo, não se apresentaram na época, que aproveitem esta oportunidade para nos fornecer as informações agora. Qualquer informação fornecida, por menor que seja, será tratada com a maior confidencialidade”, prometeu o sargento detetive Matt Flynn.
Empregado de limpeza de janelas, Ricardo Cunha era um entusiasta praticante de futebol e estava a assistir naquela noite ao programa com os resumos dos jogos da jornada da Primeira Liga inglesa.
A possibilidade de estar ligado a atividade criminosa foi afastada, o que faz a polícia desconfiar que o homicídio terá resultado de um erro de identidade, pelo que emitiu vários apelos a informação, incluindo na televisão BBC.
A recompensa por informação foi aumentada entretanto para 30 mil libras, cerca de 32 mil euros.
Num comunicado emitido hoje pela polícia, a mãe de Ricardo, Maria Cunha, lamentou que, ao fim de dez anos, continue sem saber por quem ou porque foi o filho morto "com tanta crueldade".
“Nada vai trazer o nosso Ricardo de volta para nós, mas eu quero que quem fez isso com o meu filho pague pelo que fez”, disse, recordando “um jovem adorável, sempre pronto para ajudar qualquer pessoa, sempre disponível para a família e os seus amigos”.
“Dez anos passaram-se, mas ainda não há um dia que não chore por não ter o nosso Rick aqui connosco”, confiou.
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