Em comunicado, a FERLAP afirma não se rever na opinião do presidente da Confederação de Pais (CONFAP) que, na sexta-feira, numa reação a uma notícia divulgada por um jornal diário, disse não ter “nada contra” a realização de missas em escolas “desde que ninguém seja prejudicado".

Segundo a FERLAP, a realização de missas em escolas é “inaceitável” e viola, pelo menos, dois artigos da Constituição da República Portuguesa: o princípio da igualdade e o da liberdade de consciência, de religião e de culto. Por isso, a federação exige o cumprimento da Constituição.

Por considerar tratar-se de um assunto de “extrema importância”, a federação enviou um ofício ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, a solicitar esclarecimentos, bem como a “tomada das medidas necessárias à reposição da legalidade”.

Na sexta-feira, o presidente da CONFAP disse não conhecer nenhuma escola onde fosse celebrada missa, mas admitiu que eram celebradas homilias durante o horário letivo nas escolas públicas portuguesas.

Jorge Ascensão reagia a uma denúncia da Associação República e Laicidade, que referia haver escolas, sobretudo no norte de Portugal, a realizar missas durante o horário letivo.

O presidente da CONFAP disse ainda que, a ser verdade, havia "alunos a serem discriminados” e defendeu a necessidade de uma reação do Ministério da Educação.