A CoMISS, desenvolvida pela Nestlé, promete contribuir para reduzir os tempos de diagnóstico desta alergia, diminuindo assim a angústia das crianças e dos pais na espera pelo resultado.

Desenvolvido por um painel internacional de especialistas em problemas gastrointestinais e/ou doenças atópicas na infância, reunidos pela Nestlé Health Science, este “teste” – cuja execução dura entre 5 e 15 minutos – deve ser realizado pelo profissional de saúde em conjunto com o pai/mãe, e na presença da criança.

Em termos gerais, o CoMISS permite avaliar critérios como o choro, regurgitação, fezes, pele e sintomas respiratórios – sintomas associados a esta alergia - e quantificá-los numa escala de 0 a 33 pontos. Um resultado equivalente a 12 ou maior que 12 indicia risco de alergia à proteína do leite de vaca.

O estudo promovido pela Nestlé Health Science através do painel científico vem premiar um longo trabalho de investigação em Nutrição, o principal objeto de estudo e desenvolvimento da Nestlé, a Companhia líder mundial em Nutrição, Saúde e Bem-Estar.

As principais vantagens desta metodologia são a rapidez e a facilidade de utilização.

Como explica o presidente do painel de especialistas em gastroenterologia envolvidos neste projeto, Yvan Vandenplas, médico pediatra, "não é expectável que os profissionais de cuidados de saúde primários sejam especialistas nesta matéria e ainda mais em condições tão complexas".

"Esta ferramenta vem assim prestar um apoio precioso na avaliação mais precisa dos principais critérios/sintomas, com base numa métrica que permite atribuir um sistema de pontuação. Fácil e rápido de utilizar, o CoMISS representa um passo em frente na corrida contra o diagnóstico tardio deste tipo de alergias – um processo que pode ser angustiante para as crianças, os pais e até para os próprios profissionais de saúde", salienta.

A alergia à proteína do leite de vaca é mais comum na infância – foi ela, aliás, que esteve na origem da fundação da própria Nestlé, pelo farmacêutico alemão Henri Nestlé, há 149 anos – quando o sistema imunitário é imaturo e mais suscetível aos antigénios alimentares.

Geralmente estes casos são de difícil diagnóstico devido à pouca especificidade dos sintomas (exemplo: má disposição, irritação entre outros), que podem ser comuns a outras condições médicas observadas em bebés e crianças. Uma dificuldade que conduz frequentemente a um diagnóstico errado e/ou adiado até que o pediatra se proponha realizar o teste alimentar (retirar alimentos com proteína de vaca da dieta do bebé para ver como o organismo reage).

Neste sentido, a utilização desta nova ferramenta ao nível dos cuidados de saúde primários deverá promover o conhecimento dos sintomas da CPMA acelerando o processo de decisão para a implementação de uma terapêutica adequada. Recorde-se que, quando não devidamente tratada, a alergia à proteína do leite de vaca pode conduzir a uma redução do crescimento e desenvolvimento da criança.

Para além de ajudar a filtrar uma vasta gama de sintomas, o CoMISS também pode ser útil na avaliação e quantificação da evolução dos sintomas durante uma intervenção terapêutica.