O corpo de Rodrigo Lapa, encontrado na quarta-feira de manhã a poucos metros da casa onde vivia com a mãe e uma irmã bebé, apresentava sinais de grande violência, marcas de agressões e de estrangulamento.

O cadáver tinha fios elétricos à volta do pescoço, estava de mãos e pés atados e foi arrastado e colocado junto a uma árvore e depois coberto com vegetação, segundo adianta a TVI e o jornal Público com base em fontes da investigação.

A estação de televisão informa ainda que o jovem estava sinalizado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens há cerca de cinco anos.

A PJ suspeita que a morte de Rodrigo Lapa tenha ocorrido dentro da própria casa onde o rapaz vivia com a mãe. A Judiciária esteve cerca de uma hora e meia dentro da habitação, primeiro com a mãe. Depois, a progenitora regressou às instalações da PJ e os polícias ficaram sozinhos a concluir a perícia. A mãe está em liberdade.

As principais suspeitas recaem sobre o padrasto, que viajou para o Brasil no dia em que foi comunicado o desaparecimento às autoridades, 22 de fevereiro, terça-feira.

A mãe do rapaz, Célia Barreto, diz que estava separada do padrasto e que não havia desavenças familiares, mas amigos de Rodrigo dizem não ter conhecimento de uma eventual separação da mãe e garantem que o rapaz não tinha uma boa relação com o companheiro da mãe.

Ouvida várias vezes pela polícia, na qualidade de testemunha, a mãe do rapaz negou qualquer tipo de intervenção no crime. A mulher garantiu que o único episódio anormal de que se recorda naquela segunda-feira é de ter ouvido um barulho fora do habitual durante a parte da manhã, quando o filho deveria estar a sair para as aulas e o companheiro a preparar a viagem para o Brasil. Mas estava deitada e não se levantou.

A autópsia ao corpo é realizada esta quinta-feira no Hospital do Barlavento Algarvio, em Portimão.