"Esta é uma boa notícia para a natalidade nacional, se considerarmos que em 2014 nasceram menos 470 bebés do que em 2013, isto é, -1% do que no ano anterior, tendência negativa notória de há alguns anos a esta parte", diz Ana Cercas, responsável da Cytothera.

Apesar da tendência decrescente no número de nascimentos e da conjuntora económica desfavorável, o mercado da criopreservação parece estar a crescer.

"Em 2015, 10% dos pais já criopreservou as células estaminais do seu bebé", conta Ana Cercas. Para o crescimento deste mercado têm contribuído "o desenvolvimento da ciência e os projetos de investigação nesta área, que têm permitido uma maior consciencialização por parte dos pais e da própria indústria farmacêutica", explica.

Entre os pais que optaram pela criopreservação no último ano, estão algumas figuras públicas. Quando questionadas sobre o tema, afirmam que o argumento que mais contribuiu para esta decisão foi a segurança de no futuro poderem utilizar as células armazenadas em aplicações terapêuticas nas diversas patologias, cujos processos de investigação se encontram em curso.

A atriz Carla Salgueiro ou os atores Paulo Azevedo e Manuel Marques são alguns dos pais que confiaram na Cythotera para a crioperservação das células estaminais dos seus filhos e que, após visita técnica ao Laboratório Cytothera, se mostraram mais conscientes dos benefícios de apostar neste serviço.

O que são células estaminais?

As células estaminais caracterizam-se pela sua capacidade de se transformarem noutros tipos de tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos ou sangue.

Devido à sua enorme versatilidade, estas células são usadas no combate a doenças que em muitos casos só são curáveis através de transplantes. Dessas destacam-se as doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, diabetes mellitus tipo 1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal e nefropatias, entre outras.