Numa nota enviada à imprensa, a FCT, responsável por uma plataforma de colaboração ‘online’ direcionada para a comunidade académica, sublinha que já foram tomadas medidas para mitigar todos os problemas de segurança reportados.
A plataforma Colibri, disponibilizada pela Unidade de Computação Científica Nacional da FCT (FCCN), é um dos recursos que estão a ser utilizados pelas universidades durante a pandemia de covid-19 para a realização de aulas e reuniões por videoconferência através do 'software' Zoom, um dos programas informáticos que tem sido alvo de queixas por falhas de segurança.
Segundo a FCCN, o fabricante do programa já disponibilizou atualizações de ‘software’ permanentes para mitigar o problema e só durante o mês de abril o sistema foi atualizado sete vezes.
Desde março, foram realizadas mais de 203 mil sessões na Colibri e, segundo a FCCN, só foram reportadas duas situações de entrada abusivas em reuniões através da plataforma.
Ainda assim, a unidade da FCT reforça que os próprios utilizadores desta e de outras plataformas de colaboração ‘online’ devem reforçar os cuidados de segurança, por exemplo, através do uso de senhas de sessões não públicas, mecanismos de sala de espera, sessões acessíveis só por convite ou fecho de sala.
“As situações reportadas podem acontecer em qualquer plataforma de colaboração e não dispensam os cuidados por parte dos utilizadores, sendo de extrema importância que os utilizadores descarreguem sempre as novas atualizações de software nos seus dispositivos”, lê-se no comunicado.
A própria plataforma Colibri disponibiliza uma funcionalidade de acesso via autenticação federada, para que a validação das credenciais dos utilizadores que acedam ao Zoom através da sua conta institucional seja feita pela própria instituição e não na base de dados do programa de videoconferência.
O Ministério Público abriu um inquérito para averiguar entradas ilícitas em plataformas de ensino online, numa das quais foi identificado um jovem de 20 anos a quem a Polícia Judiciária eliminou todas as contas em redes sociais.
Numa resposta enviada hoje à agência Lusa, a Procuradoria Geral da República responde que têm chegado várias queixas relacionadas com a matéria - intromissão ilegítima em plataformas online - ao Gabinete Cibercrime e que "as mesmas foram remetidas ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, onde deram origem a um inquérito".
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