Pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts e da Universidade Northeastern, em Boston, publicaram na revista científica Nature Neuroscience, um trabalho que mostra que animais que vivem em grupos sociais maiores têm amígdalas- pequena estrutura de forma amendoada encontrada no cérebro- maiores.
"A associação entre o tamanho da amígdala e o tamanho e complexidade da rede social foi observada tanto em indivíduos mais velhos como nos mais novos, homens e mulheres", disse Bradford Dickerson, da Escola Médica Harvard.
A pesquisa incidiu sobre 58 participantes que responderam a questões relacionadas com a sua sociabilidade, de forma a apurar o número total de contactos sociais regulares que cada participante mantem, assim como o número de grupos diferentes a que esses contactos pertencem.
Os participantes foram também submetidos a exames de ressonância magnética, de forma a perceber a estrutura do cérebro, incluindo o volume da amígdala.
O estudo concluiu que a “hipótese do cérebro social, uma teoria segundo a qual a amígdala humana teria evoluído em parte para permitir que o homem lidasse com uma vida social cada vez mais complexa” , está sobre a mesa. "Estamos a tentar perceber também como anormalidades nessas regiões do cérebro podem prejudicar o comportamento social em distúrbios neurológicos e psiquiátricos", refere o mesmo estudioso.
4 de Janeiro de 2011