A primeira escola a receber este kit salva-vidas é a Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, em Lisboa.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as técnicas de suporte básico de vida devem ser ensinadas às crianças em idade escolar, a partir dos 12 anos. Dados científicos mostram que uma reanimação cardiorrespiratória de alta qualidade aumenta em 2,72 vezes a probabilidade de sobrevivência do doente sem sequelas.

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Tendo em conta que o cérebro apenas sobrevive 3-5 minutos, sem oxigénio, ao final de cinco minutos sem assistência a vítima tem apenas 50% de hipóteses de sobreviver.

Para Manuel Carrageta, médico e presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, esta iniciativa pretende "sensibilizar a comunidade para a problemática da morte súbita e disponibilizar desfibrilhadores externos automáticos em locais onde possam ser necessários"

Cristina Santos, diretora-geral da Senilife, empresa que se associou à iniciativa, frisa que "a formação em primeiros socorros, reforçada com formação especifica de suporte básico de vida com desfibrilhação, permite incrementar as taxas de sucesso no caso de ocorrências de paragem cardiorrespiratórias".

O kit Salva-vidas é composto por formação em Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação (SBV-DAE) creditada para seis formandos/seis horas, desfibrilhador automático externo, licenciamento do PNDAE (programa de desfibrilhação junto do INEM), formação de primeiros socorros (12 formandos/oito horas) e mala de primeiros-socorros "Advance".

Campanha solidária

Quem quiser pode participar na campanha lançada em março de 2017 e de âmbito nacional: basta procurar as parafarmácias "Saúde e Bem-Estar" dos hipermercados Jumbo aderentes à iniciativa e adquirir "Pulseiras Salva-vidas" pelo valor de dois euros.

Por cada grupo de 1500 pulseiras vendidas, as entidades promotoras do projeto oferecem um kit salva-vidas a uma escola.