“Através desta orientação, deixam de se aplicar medidas de testagem obrigatória e isolamento profilático em qualquer instituição em que os residentes autónomos realizem atividades diárias fora da instituição, sem prejuízo de que seja feita uma avaliação clínica na admissão de novos residentes/utentes”, anunciou hoje a DGS, em comunicado, pouco depois de publicar a nova orientação na sua página de internet.
A DGS precisa que para as Instituições de Acolhimento de Crianças e Jovens em Situação de Perigo e Lares de Infância e Juventude, as medidas para a admissão de novos residentes/utentes são adaptadas, “de modo a salvaguardar o bem-estar psicológico das crianças e jovens”, não se aplicando os procedimentos relativos à realização de teste laboratorial para SARS-CoV-2, o coronavirus que provoca a doença covid-19, e de isolamento profilático, “sem prejuízo de ser feita uma avaliação clínica” quando houver novas admissões.
Na sexta-feira, a diretora-geral da Saúde, Graças Freitas, afirmou que as crianças que cheguem a centros de acolhimento vão deixar de estar obrigadas ao isolamento profilático.
“Uma vez que, com o início das aulas, a comunidade para onde estas crianças vão é uma comunidade aberta ao exterior, as crianças vão ficar isentas de ficar em qualquer tipo de quarentena”, disse Graça Freitas durante a conferência de imprensa regular sobre a pandemia da covid-19 em Portugal.
A norma que estava em vigor previa que as crianças retiradas às famílias tivessem de cumprir 14 dias de isolamento quando chegassem aos centros de acolhimento, mesmo que o teste à covid-19 fosse negativo.
Graça Freitas, que já tinha considerado que a decisão de colocar em isolamento uma criança recém-chegada a uma instituição era “muito difícil”, afirmou então que a medida deixa de fazer sentido quando as crianças podem entrar e sair diariamente para ir à escola.
O próximo ano letivo começa entre 14 e 17 de setembro, com a retoma das atividades letivas presenciais, suspensas em meados de março devido à pandemia da covid-19.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortes e infetou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.843 pessoas das 60.507 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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