
As birras fazem parte do percurso de qualquer bebé e criança, mas provavelmente já se interrogou porque é que uns são mais calmos do que outros. Uma nova pesquisa diz que existe um conflito entre a mãe natureza e o modo como os bebés são educados. E isso depende do local de nascimento, ou seja, do país de origem.
Durante cinco anos, Masha Gartstein, doutorada e professora de psicologia na Universidade de Washington, observou bebés de 6 e 12 meses do mundo inteiro para perceber como os valores dos pais influenciavam o comportamento dos filhos. O objetivo era determinar a melhor forma de prevenir que problemas comportamentais na infância se prolongassem na idade adulta.
"Enquanto que a pesquisa comportamental em crianças multiculturais é uma nova área, o nosso objetivo é determinar como o temperamento de uma criança é influenciado por práticas culturais e se estas diferenças se traduzem num risco clínico significativo como Déficit de Atenção e outros", diz a professora Masha.
As suas descobertas, que foram publicadas no European Journal of Developmental Psychology, revelam que os quatro países avaliados têm bebés com personalidades diferentes e modo de cuidar distintos.
Bebés americanos:
- Mais sociais
- Mais impulsivos
- Maior probabilidade de gostarem de atividades estimulantes
- Menos probabilidade de terem emoções negativas
- Relativamente fáceis de acalmar.
Bebés chilenos
- Mais ativos
- Maior dificuldade em se concentrarem numa tarefa durante mais tempo
Bebés sul coreanos
- Maior atenção
- Adoram ser aconchegados
- Menos ativos
Bebés polacos
- Maior probabilidade em despertar a tristeza
- Mais difíceis de acalmar quando estão irritados
Para a autora do estudo, estes resultados refletem os valores culturais de cada país. Os americanos têm menos probabilidade de perpetuarem a negatividade, levando os pais a desencorajarem os seus filhos a expressarem sentimentos negativos. Os da América do Sul são mais bem dispostos, o que resulta em bebés com um comportamento mais energético. Por outro lado, os sul coreanos valorizam o comportamento mais controlado, e os polacos têm mais dificuldade em falar sobre os seus sentimentos.
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