A presidente do município, Adelaide Teixeira, explicou hoje à agência Lusa que "os imóveis vão ser habitados por seis famílias da cidade que foram sinalizadas, num processo concluído há mais de dois anos”.

O projeto, num investimento superior a 350 mil euros, foi financiado em 167 mil euros pelo Institutivo da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), no âmbito do programa Prohabita, enquanto requalificação viária junto aos imóveis foi apoiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) em 157 mil euros.

Um dos três imóveis, localizado na Rua do Comércio e totalmente recuperado, ruiu a 16 de abril de 2003, causando a morte a um casal de idosos, de 80 e 78 anos, e ferimentos na sua empregada doméstica.

A terceira vítima mortal, uma idosa de 86 anos que vivia sozinha no primeiro andar do edifício de três pisos, foi resgatada dos escombros já sem vida, dez horas e meia depois da derrocada.

O projeto municipal faz parte de uma estratégia para reabilitar prédios antigos ou devolutos no centro histórico da cidade em detrimento de novas construções.

“Em 2016, vamos reabilitar uma outra casa na Rua do Comércio, no centro histórico, e temos mais casas em vista para desenvolver este tipo de trabalho”, avançou a autarca.

Adelaide Teixeira recordou que, nos últimos anos, o município realojou “mais de 20 famílias” carenciadas em prédios situados no centro histórico de Portalegre e que esta estratégia é para “continuar”.

A autarca explicou ainda que os inquilinos dos imóveis agora recuperados vão pagar uma renda de acordo com o rendimento do agregado familiar.