
As imagens obtidas a partir de ressonâncias magnéticas ao cérebro mostram que uma educação com base no afeto é benéfica para crianças com menos de seis anos e que mesmo que uma mãe se torne mais afetuosa numa fase posterior não é possível compensar os anos em que esse amor foi negligenciado.
A notícia é avançada pela BBC.
Segundo Joan Luby, o cérebro responde mais ativamente ao apoio materno nos primeiros anos de vida, provavelmente por causa da maior plasticidade do cérebro.
A investigação foi conduzida em 127 crianças, que faziam periodicamente ressonâncias magnéticas ao cérebro desde que começaram a frequentar a escola até à adolescência.
Para qualificar o tipo de mãe, os investigadores analisaram-na em situações em que tinham de fazer algum tipo de tarefa debaixo de uma situação de stress e na presença dos filhos.
As mães que se autocontrolaram e concluíram a tarefa enquanto ofereciam algum apoio emocional ao filho foram classificadas como as mais afetuosas. Já as que desprezavam ou ignoravam as crianças receberam avaliações mais desfavoráveis.
As ressonâncias mostraram o impacto dessa diferença de comportamento materno no desenvolvimento do hipocampo das crianças, uma área no cérebro localizada nos lobos temporais que é responsável por habilidades como a memória, a aprendizagem e o controlo de emoções.
De acordo com o estudo, numa educação mais afetuosa, essa estrutura cerebral revelou ter maior atividade e volume.
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