O 1º Congresso Nacional da Maternidade, promovido pela Federação Portuguesa pela Vida e Museu das Crianças (AAHA – Associação Acordar História Adormecida), vai ter lugar nos próximos dias 6 e 7 de Março no Auditório Cardeal Medeiros da Universidade Católica.
O congresso visa sensibilizar, informar e debater a temática da maternidade/paternidade nas suas diversas dimensões com um conjunto de especialistas nacionais e internacionais.
Segundo Isilda Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida, “pretende-se dar resposta a um conjunto de questões que serão abordadas por especialistas nas áreas da economia, ciências sociais, psicologia, medicina e urbanismo que, pela primeira vez, apresentam o seu trabalho partindo do postulado – qual o valor, o reflexo e o custo individual e social da maternidade.”
De entre os oradores deste congresso destacam-se alguns especialistas nacionais e estrangeiros: Marcelo Rebelo de Sousa (professor universitário); Gentil Martins (professor universitário e pediatra) Mário Pinto (professor universitário) Marie-Cassiotou (deputada europeia e presidente do InterGrupo da Família e da Crianças do P.E) e Lola Velarde (presidente do Instituto de Política Familiar – Rede Europeia).
“Toda a Europa está preocupada com as questões da natalidade. Mas não basta falar de natalidade ou da falta dela. Homens e mulheres não são cadeias de produção. É necessário ir à raiz da questão – e essa, quanto a nós, chama-se maternidade”, acrescenta Isilda Pegado.
A natalidade é uma questão incontornável neste debate: a taxa de crescimento natural vem a manifestar uma tendência de redução, sendo que em 2007 Portugal regista pela primeira vez um saldo natural com valores negativos (-0,01%), situação que não ocorria desde 1918.
Apesar de em 2008 ter havido um subida da taxa da natalidade, esta subida não compensa as fortes quedas no número de nascimentos que se verificaram nos anos anteriores.
Quanto ao futuro as projecções do INE, e mantendo a tendência das últimas décadas, são de continuo envelhecimento da população até 2050, sendo possível um cenário em que existirão 243 idosos por cada 100 jovens.
“Os filhos concorrem em tempo, espaço e dinheiro com os objectivos dos pais? Como conciliar uma vida profissional com a maternidade? Está a cidade, em termos de oferta urbana (habitação) disponível para oferecer casas destinadas a famílias com mais de 2 filhos? Há ensino disponível para todos, mas há verdadeira capacidade de escolha da escola e do modelo de educação? Todas as opções têm custos sociais. É preciso avaliar. É necessário colocar a maternidade e paternidade no centro da questão social. Estas e outras questões serão debatidas neste Congresso“ afirma Isilda Pegado.
A abertura deste congresso será composta por um momento musical preparado pelo Museu das Crianças, cuja intervenção continuará no intervalo das apresentações dos oradores. Mais informações em http://www.federacao-vida.com.pt
02 de Março de 2009
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