Muito se fala de posições certas e erradas para o bebé nascer de parto normal. No entanto não existe uma posição “errada”, existem sim posturas que podem tornar o parto normal mais complicado ou mesmo posições em que a realização de uma cesariana é necessária. Porém, o mais comum é que a maioria das grávidas esteja apta a ter um parto normal, uma vez que os bebés frequentemente adotam a melhor postura para isso acontecer até o momento do nascimento. O que vai verdadeiramente determinar a influência no tipo de parto é a posição em que o bebé se encontra no momento do nascimento, independente de outras em que ele já possa ter estado ao longo da gestação. O mais indicado, considerando apenas a posição do feto, é esperar até ao início do trabalho de parto para concluir se a cesariana será ou não necessária. Afinal, a probabilidade é de que o bebé assuma a posição certa para que a mãe possa ter um parto normal. E pode não acreditar, mas é possível o bebé dar a volta até aos últimos dias antes de ficarem completas as 40 semanas.

Veja então quais são as posições mais comuns do bebé e como cada uma delas influencia na hora do parto:

Posição cefálica

A posição cefálica é aquela em que o bebé está de cabeça para baixo. Esta é a melhor posição de forma geral para o nascimento por parto normal. Além disso, é a posição mais comum: estatísticas apontam que em mais de 90% dos casos o bebé assume naturalmente a posição cefálica. Conforme a flexão da cabeça do bebé, a posição cefálica pode ser fletida ou defletida de 1º, 2º (de fronte) ou 3º grau (de face).

Posição pélvica

Quando o bebé está sentado – ou seja, de cabeça para cima – ele está em posição pélvica. Embora muito se especule sobre a impossibilidade do parto normal quando o bebé está sentado, é possível que aconteça, dependendo do especialista que a segue, pois é sempre um parto mais difícil.

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Posição transversal

Nesta posição o bebé está deitado, atravessado dentro do útero. Em muitos casos, o médico pode conseguir ajudar o bebé a virar desta posição para a cefálica. Quando isso não acontece e a grávida já está em trabalho de parto, não é possível que a criança nasça por meio de parto normal e por isso tem de se optar sempre por uma cesariana.

No entanto existem várias manobras onde é possível virar o bebé para a posição cefálica, por isso fale com o seu obstreta sobre esta possibilidade.  Mas não é só a posição do bebé que leva a uma escolha por um parto por cesariana. Há outros fatores:

- Quando há descolamento prematuro de placenta;

- Quando a mãe é portadora de HIV;

- Quando, após o início do trabalho de parto, o cordão umbilical aparecer primeiro que o bebé no canal;

- Quando a mãe tem doenças cardíacas, apenas em alguns casos;

- Quando a mãe apresenta sinais de placenta envelhecida de forma prévia e pouco líquido pois pode fazer com que o bebé fique demasiado tempo sem oxigênio e traga complicações;

- Quando se deteta em exames, como CTG, que o bebé está em sofrimento;

É sempre importante discutir com o obstetra a sua situação, procurar mais informações e verificar todos os aspetos da gravidez antes de tomar uma decisão. Uma escolha consciente pode proporcionar um parto saudável – tanto para a mulher, quanto para a criança. Seja ela uma escolha por parto normal ou cesariana.

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