A propósito do encontro “Começar saudável viver saudável - Primeiros 1000 dias do bebé: uma janela única de oportunidade para começar saudável e viver saudável”, a Nestlé juntou pediatras, nutricionistas e diversos especialistas em alimentação infantil com o intuito de colocar um ponto final nas dúvidas que assombram a cabeça de muitas mulheres que estão a viver a experiência da maternidade.
A amamentação é um dos temas que ainda gera bastantes dúvidas, medos e traumas às mamãs. Contudo, este período não deve ser encarado como um bicho de sete cabeças. Tal como revela o pediatra e blogger Hugo Rodrigues, “[o leite materno] ajuda a recuperar o peso no pós-parto, reforça a interação mãe-filho e ajuda a prevenir cancro da mama”, refere. Mas apesar das das inúmeras vantagens que o leite materno tem tanto para o bebé como para a própria mãe, “o importante é não tornar a amamentação uma obrigatoriedade” explica.
A partir dos 4/6 meses, os pais começam a diversificar a alimentação dos bebés, com as papas, sopas e boiões de fruta. Mas a verdade é que atualmente há uma grande desconfiança relativamente a estes produtos pré-fabricados. “Há muitas frases feitas sobre a chamada baby food”, afirma Catarina Dias, Engenheira Alimentar. “Mas a leitura e correta interpretação do rótulo é o primeiro passo para os pais estarem seguros sobre aquilo que dão aos filhos.” Também Fernando Carvalho, diretor da Nestlé Nutrição Infantil em Portugal, explica que não há razões para alarme, uma vez que todos os produtos Nestlé são desenvolvidos de acordo com as recomendações pediátricas. “É muito difícil explicar que um alimento destes pode ser mais seguro do que aquele que é cozinhado pela mãe”, afirma.
À medida que o bebé vai crescendo, os pais vão introduzindo os primeiros alimentos sendo essencial a diversificação alimentar. De acordo com dados nacionais, até aos 13 meses as crianças portuguesas comem calorias a mais: 2% come sobremesas doces e 20% bebe bebidas açucaradas diariamente. Um dado preocupante tendo em conta que apenas 40% dos bebés comem frutas e vegetais nos primeiros três anos de vida. O pediatra deixa o alerta: “Os bebés não podem comer o que comem os pais.”
Até mesmo os alimentos considerados saudáveis – como é o caso do leite, da carne e do peixe - devem ser ingeridos com cautela. É importante que, desde cedo, os pais treinem a parte visual da rotina alimentar dos seus filhos introduzindo não só novos sabores, como novas cores e texturas. “Os bebés gostam naturalmente dos doces e não gostam do amargo e do ácido. É importante reforçar a estimulação”, adianta.
É também durante os primeiros 1000 dias de vida do bebé que começam as primeiras birras, que acabam por ser uma dor de cabeça para muitos pais, levando-os ao desespero. Mas é importante ter em mente o seguinte: “O bebé pode chorar por muitos motivos e nem tudo são birras”, começa por explicar a pediatra Mónica Pinto. De acordo com estudo sobre o tema, entre 50-80% dos bebés fazem birras uma vez por semana, quanto 20% tem birras diárias.
Apesar de não existirem soluções nem fórmulas mágicas para acalmar um bebé durante uma birra, a especialista revela há coisas que se deve tentar explicar logo de inico à criança: que o choro não é estratégia para alcançar determinado objetivo, pais tem que aprender a dizer não e não dar demasiada atenção às birras. “A birra não é um drama”, afirma. “A birra é fundamentalmente uma chamada de atenção e todas as crianças precisam de atenção”.
O ideal é que os pais tenham aquela altura do dia em que se dedicam única e exclusivamente ao seu filho. Por exemplo acompanhá-lo na hora de ir deitar, lendo-lhe uma história e dando-lhe alguns mimos. Contudo é importante que os pais tenham em atenção à alimentação dos mais pequenos sendo que esta também pode influenciar o seu humor e irritabilidade.
“Os alimentos ricos em açúcar podem ter mais excitabilidade”, refere Mónica Pinto. “Modificar a alimentação e torna-la mais saudável acaba por fazer com que haja maior harmonia, o que se reflete no seu comportamento.”
No encontro foi ainda anunciado o lançamento de um módulo educativo a que todos os pais podem aceder através da internet. O lançamento está previsto para as próximas semanas e vai permitir que todos os pais possam ter acesso a conselhos sobre gravidez, amamentação e diversificação alimentar à distância de um click.
Mas tendo em conta o tema do encontro ‘Começar saudável viver saudável’, a verdade é que começar uma vida saudável é fácil, o difícil é manter este estilo de vida. Quais os maiores desafios dos pais neste campo?
“O maior desafio é os pais terem um estilo de vida saudável. Muitos não tem alimentações adequadas e não têm prática de exercício físico regular. Os pais têm que se consciencializar que são eles que têm que dar o exemplo. Porque se a norma for ter hábitos de vida saudáveis os filhos nem sequer vão pensar que há hipótese de ser diferente. Mais do que exigir as crianças temos que apostar nos pais”, remata Hugo Rodrigues.
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