Passados dois anos da morte de MF Doom, a viúva do rapper, Jasmine Dumile, levantou suspeitas sobre alegada negligência nos cuidados hospitalares prestados ao marido.
O rapper morreu em Leeds, em outubro de 2020, após uma reação grave a um medicamento para a pressão arterial. Tinha sido diagnosticado com angioedema, que resulta num raro e repentino inchaço que inibe a respiração.
MF Doom tinha uma série de problemas de saúde, incluindo doença renal, contou Jasmine Dumile no referido inquérito.
Após duas doses de um novo medicamento para a pressão arterial, dirigiu-se às urgências com problemas respiratórios e inchaço na garganta e na língua.
Jasmine Dumile lamenta a falta de condições da sala onde o marido foi recebido nas urgências. O rapper morreu durante a segunda vaga de mortes por Covid-19 no Reino Unido, o que pode (ou não) ter afetado o atendimento.
A 21 de outubro, enquanto lutava para respirar, ele tentou sair da cama, desmaiou e teve paragem respiratória.
Os representantes legais de Jasmine Dumile questionam os exames feitos e um caso de atraso de duas horas na administração de medicamentos. Durante uma outra crise repentina, a sua campainha de ajuda foi alegadamente colocada fora de alcance.
Jasmine Dumile conta que, a certa altura, recebeu um pedido de socorro do marido e teve que ligar para o hospital para informar as enfermeiras. Devido às restrições da pandemia, ela foi impedida de fazer visitas pessoais até que a equipa desligasse o respirador no dia de sua morte, o que acabou por acontecer a 31 de outubro.
O hospital diz ter feito uma "investigação de incidente grave" após a morte de MF Doom. O inquérito permanece aberto e à aguardar conclusões.
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