Armanda Leite: é este o nome de um dos sobreviventes do acidente de carro que matou Angélico Vieira, no dia 28 de junho de 2011. A jovem recordou o momento numa entrevista ao programa de Júlia Pinheiro, na qual o seu pai, Júlio Leite, também participou.

"Dessa altura do acidente esqueci-me de tudo o que se passou. Parece que apagou. Tudo o que me lembro é de ouvir falar", sublinhou, recordando que esteve entre 17/18 dias em coma.

Armanda revela que se recorda de Angélico, até porque o conheceu alguns dias antes da fatídica viagem.

Com sequelas visíveis resultantes do acidente, Armanda lamenta que a sua vida tenha mudado completamente, até porque perdeu todos os amigos da época. "Tento esquecer esses amigos. Amigos de verdade procuram uma pessoa mesmo quando está doente. Um simples telefonema não faz mal nenhum".

As memórias do pai

Armando lembra-se do momento em que viu a filha pela primeira vez. "Ela estava completamente desfigurada. Estava com a cara e o corpo inchado. Ela era magrinha e parecia uma pessoa de 100 quilos", nota.

Quanto às culpas do acidente, o entrevistado reconhece que Angélico não teve influência no mesmo. "Ao Angélico não ia apontar o dedo. Sabia que ele não bebia, não tinha vícios. Se se deu o acidente algum motivo havia. Depois de ir ao local e de esclarecer como é que aconteceu o acidente, fiquei logo mais descansado por não ter sido ele. Não vou afirmar que não houve excesso de velocidade, mas que o acidente não foi por culpa dele sempre tive consciência disso. Para mim foi uma falha mecânica, que poderia acontecer com outra pessoa qualquer".

Neste sentido, e depois de ter ido a um processo em tribunal, Armando nota que já recebeu parte da indemnização do fundo de garantia automóvel.