Ricardo Soler foi o entrevistado de Manuel Luís Goucha do seu programa desta terça-feira, 5 de outubro, na TVI. O conhecido artista lembrou alguns dos momentos mais difíceis da sua vida e as dificuldades que teve em lidar com as suas emoções, tendo para isso recorrido à psicoterapia.

"Costumo dizer que tenho esta coisa do durão e de ser do contra e ter esta capa de ferro. Não me encaixava, as emoções eram para os fracos", começa por dizer, notando que esta era a sua 'capa' de defesa criada ainda na infância com o bullying que sofreu na escola.

"Acho que cada vez lido melhor com as minhas emoções e a terapia ajuda sempre. Toda a gente devia fazer. Vale a pena porque aqueles novelos dentro da minha cabeça vão-se desfazendo e ficam mais leves", nota.

Ricardo ainda refletiu sobre a dificuldade que tem em conseguir tornar realidade alguns dos seus objetivos profissionais. "Dei por mim e estava a ficar amargo, agressivo, revoltado. Porque é que eu quero fazer isso e não consigo chegar lá? Um dos meus sonhos sempre foi fazer dobragens para a Disney, é um sonho que eu tenho e que eu acho que ainda se vai concretizar. Só que é muito difícil entrar no mundo das dobragens", desabafou.

Outra das perguntas feitas por Goucha a Ricardo era se esteve considerava que em Portugal davam o devido valor ao seu talento: "Houve alturas em que achava que sim e houve alturas em que achava que não. Passava por fases mais complicadas de tristeza profunda. A música nunca me maltratou, sempre me salvou. Se calhar fui eu que deixei os outros fazerem-me feridas. O país é pequeno. Há oportunidades mas é preciso trabalhar muito, ter talento e ter aquela estrelinha da sorte".

Leia Também: Catarina Furtado elogia Lúcia Moniz: "Não se coloca num pedestal"