Conhecemo-la pelo trabalho como atriz, tendo já dado provas do seu talento no teatro, cinema e televisão, mas a verdade é que nos últimos anos Vera Kolodzig tem conciliado a representação com outra grande paixão: o conceito Kológica.

Tudo começou com a ideia de fazer um podcast onde falaria sobre sustentabilidade e explicaria em que consiste a sua forma positiva de olhar a vida, mas rapidamente o projeto se tornou numa "comunidade em expansão e em busca da felicidade".

Três anos depois, foram feitos "mais de 118 episódios", deu origem a "uma plataforma de cursos on-line, curadoria de eventos, retiros e viagens" e celebrou com um podcast ao vivo. Em entrevista ao Fama ao Minuto, Vera Kolodzig conta-nos tudo sobre esta aposta que 'superou as expectativas'.

Três anos depois, começo por perguntar, qual o balanço que a Vera faz do projeto Kológica?

O balanço é muito positivo. Quando comecei o podcast nunca pensei que crescesse tão rápido e de forma tão expansiva. Já lá vão mais de 118 episódios e convidados e a minha lista continua a crescer - ainda quero abordar muitos assuntos sobre os quais não falei. O mais importante para mim é receber mensagens de pessoas que me dizem que foram inspiradas positivamente.

Para quem ainda não sabe, o significa exatamente o conceito Kológica?

Kológica é 'raciocínio positivo'. Expressa uma forma consciente de olhar para a vida e viver de forma congruente e alinhada.

Já tive feedback de pessoas a dizer que mudaram de vida por causa do podcast

A ideia inicial com a qual o projeto arrancou foi totalmente conseguida?

A ideia inicial era de apenas um podcast. Entretanto o projeto expandiu para uma plataforma de cursos on-line, curadoria de eventos, retiros e viagens. Posso dizer que superou as expectativas e está em constante desenvolvimento.

Qual o feedback mais positivo que o Kológica já recebeu e que a fez pensar que a sua existência valia mesmo a pena?

Já tive feedback de pessoas a dizer que começaram a fazer psicoterapia por causa do podcast, que procuraram terapias não convencionais, que fizeram cursos de desenvolvimento pessoal e que mudaram de vida por causa do podcast. Tudo isso me enche o coração e faz-me sentir que estou no caminho certo.

Como surgiu a ideia de fazer uma emissão ao vivo e qual era o objetivo principal?

Esta edição ao vivo serviu para celebrar os três anos do podcast. O objetivo principal é poder estar mais próximo do meu público e permitir que as pessoas participem também. Vai haver espaço para perguntas no final do episódio e algumas surpresas.

Nos retiros, eventos e viagens já começamos a sentir essa sensação de pertença a uma comunidade

Se correr bem, é uma iniciativa a repetir?

Neste momento, ainda não sei se irei voltar a fazer um episódio ao vivo.

Entre outras coisas, este projeto está muito relacionado com a sustentabilidade, em três anos mudou muita coisa na nossa sociedade no que toca à aplicação deste conceito?

A sustentabilidade é um dos temas abordados porque está muito relacionado com esta questão da consciência - por nós próprios, pelos outros e pelo planeta. Penso que as pessoas estão cada vez mais despertas para isso, apesar do impacto ambiental da pandemia no uso de descartáveis, por exemplo.

A Vera diz que este projeto é "uma comunidade em expansão e em busca da felicidade". A palavra comunidade é usada de forma literal, sente que conseguiu criar isso com quem faz parte e segue o projeto?

O meu objetivo é estar perto e unir pessoas com uma visão positiva. Nos retiros, eventos e viagens já começamos a sentir essa sensação de pertença a uma comunidade. Temos grupos de Telegram onde partilhamos ideias e mantemos o contacto.

A busca da felicidade não causa felicidade

O conceito de felicidade pode ter várias interpretações, para si o que significa ser feliz?

Para mim a felicidade é como o céu azul - está sempre lá em cima, mesmo em dias de tempestade.

Já atingiu a felicidade que procura?

A busca da felicidade não causa felicidade. Para mim não se trata de 'procurar' felicidade, trata-se de praticar a felicidade através de ferramentas como o 'mindfulness'.

A minha intenção é desmistificar a ideia de que ser vulnerável é ser fraco

Recentemente, a Vera quis partilhar nas redes sociais o seu lado ‘menos feliz’. Qual o motivo para tê-lo feito?

Penso sempre nas minhas intenções antes de qualquer partilha. No meu podcast também partilho muito dos meus desafios.

Assumir a sua “a vulnerabilidade” trouxe-lhe a reação que esperava por parte de quem a segue ou acabou por arrepender-se de fazê-lo?

Como diz a Brene Brown, a vulnerabilidade é um poder. A minha intenção é desmistificar a ideia de que ser vulnerável é ser fraco.

Aproveito para perguntar, além do Kológica, que outros projetos profissionais têm em mão atualmente?

Estou neste momento no ar com o programa 'Missão 100% Português', na RTP1.

Conjugar a representação com o Kológica é um desafio acrescido?

Tudo é possível quando nos entregamos ao que mais gostamos de fazer.

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