Segundo o documento, um polícia de São Francisco (Califórnia) entrou em contacto com o FBI para informar que tinha conhecido um homem num pub irlandês que, em várias ocasiões, mencionou a possibilidade de fazer justiça pelas próprias mãos e atentar contra a vida da monarca britânica por vingança pela morte da sua filha.

Esta fonte explicou que o suspeito, cerca de um mês antes da visita da rainha e do seu marido, o príncipe Filipe, à Califórnia, afirmou que a sua filha "tinha sido morta na Irlanda do Norte por uma bala de borracha", segundo relatou hoje a estação pública britânica BBC.

Naquela época, a Irlanda do Norte era palco de conflitos entre os partidários da reunificação da ilha e os fiéis a Londres (nacionalistas e unionistas).

"Ele ia tentar atacar a rainha Isabel II e faria isso atirando um objeto da ponte Golden Gate até ao Royal Yacht Britannia quando este passasse debaixo dela, ou tentaria matar a rainha quando esta visitasse o Yosemite National Park", explicou a fonte, segundo o relatório do FBI.

Por esse motivo, o acesso à ponte foi interdito quando a embarcação real se aproximou.

As medidas de segurança tomadas em Yosemite não foram referidas no relatório.

O documento de cerca de 100 páginas foi divulgado esta semana no Vault, o portal do FBI, depois de um pedido de vários meios de comunicação com base na Lei da Liberdade de Informação.

Não foi a primeira vez que o FBI expressou preocupações relativamente à segurança da então monarca britânica em visitas oficiais aos Estados Unidos, tendo o mesmo acontecido em 1976, em Nova Iorque, e em 1989, antes de Isabel II viajar para o Kentucky.

A rainha Isabel II morreu a 08 de setembro do ano passado, aos 96 anos e após 70 anos de reinado.

Leia Também: A reação da rainha Camilla quando conheceu... Camilla e Carlos