Neste domingo, dia 14, a Dinamarca viveu um dia histórico com a abdicação de Margarida II e a proclamação de Frederico X, que deixou imagens para a posteridade. O momento foi rápido, mas comovente. A rainha assinou a sua abdicação, levantou-se, pronunciou um firme "Deus salve o rei", e saiu, apoiada na bengala.
Os rubis que usava nesse dia passaram despercebidos sobre look magenta que vestia, mas a rainha sabia que eles estavam lá e que traziam simbologia ao momento.
A antiga soberana usava na lapela a pregadeira em forma de ferradura que o seu pai, o rei Frederico IX, lhe deu a 27 de março de 1953, dia em que o parlamento dinamarquês a designou como princesa herdeira.
Esse pregadeira, que segundo ela sempre lhe trouxe sorte, simboliza o triunfo da sua primeira batalha, assinalando o momento em que deixou de ser apenas uma princesa da corte dinamarquesa para se tornar herdeira do trono.
Além disso, cabe recordar que Margarida subiu ao trono precisamente no dia 14 de janeiro, e fê-lo após a morte do pai, pelo que esse é um dia carregado de simbolismo para a família real. No último domingo, e com a presença também do príncipe Christian, que é agora herdeiro, passado, presente e futuro da Coroa dinamarquesa reuniam-se na mesma sala.
Foi a 14 de janeiro de 1972 que morreu o rei Frederico IX, avô do atual soberano, tornando a então jovem Margarida em rainha. 52 anos depois, e com a pregadeira da sorte que o pai lhe deu, Margarida 'celebra' o seu último ano de reinado deixando o trono ao filho mais velho, que inicia agora uma nova etapa na sua vida.
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