Judite Sousa usou a sua conta de Instagram esta segunda-feira, 4 de outubro, para fazer uma reflexão, em jeito de desabafo, sobre a forma como tem encarado a vida, sobretudo ao longo dos últimos meses.

"Nas gavetas da vida, que guardamos no cérebro, vamos acumulando memórias, conquistas e desilusões, alegrias, tristezas e, no limite, tragédias. Neste bullying emocional em que vivemos, onde não temos certezas de nada, estamos mais stressados. E, porventura, mais sozinhos. Próximos e distantes. Frágeis e fortes. São as estradas da vida que nos levam a cair, a reerguermo-nos, a recomeçar ou então, agarrados ao coração, a ficarmos a chorar baixinho", começa por dizer.

Entretanto fala do caso de Miguel Sousa Tavares, que deu por terminada a sua carreira no jornalismo após mais de quatro décadas ao serviço da profissão. "Lembrei-me destas palavras quando ontem senti a voz trémula e as lágrimas quase a soltarem dos olhos do MST. E pensei como é difícil libertarmo-nos de uma profissão que nos está colada à pele e, ainda mais difícil, quando se jogou na roleta da vida, se perdeu tudo e há uma voz (António Lobo Antunes falava na voz que inspirava a sua prosa) que nos diz vive uma nova história, dá uma nova oportunidade a ti mesma".

Por fim, Judite dá conta de um novo projeto que tem vindo a preparar, mas sem adiantar grandes pormenores. "Qualquer que seja a adesão à realidade, é à volta das forças e fraquezas nesta era da globalização digital que tenho andado a escrever nestes últimos meses. Não é fácil. A escrita pode ser um exercício de uma forte violência psicológica. Vamos ver".

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