Miguel Raposo foi um dos convidados de Júlia Pinheiro esta terça-feira, 26 de setembro, na SIC. O ator, filho de José Raposo e Maria João Abreu, falou da sua carreira e das saudades que tem da mãe, que morreu a 13 de maio de 2021, na sequência da rutura de um aneurisma cerebral.
"Era uma pessoa que me dava muita felicidade em saber que estava lá para me ver. Havia uma reação que era muito dela e as pessoas sabiam que estava na plateia", recorda Miguel, notando que a presença da mãe era facilmente notada num espetáculo pela sua característica "gargalhada".
Atualmente, Miguel pensa na mãe, sobretudo em estreias: "Lembrar-me dela, do seu carinho, é uma coisa que me ajuda muito".
Nesta conversa, o convidado falou ainda do difícil processo de luto, que conseguiu superar apenas graças à terapia.
"O período de luto é muito complicado de se fazer, sobretudo quando se está a trabalhar tanto como eu estava, que foi uma coisa que não soube gerir. Refugiei-me muito no meu trabalho também", conta.
Entretanto, confessa: "Estive certamente em perigo, não tive tempo para perceber que estava em perigo e de repente estava a entrar numa fase de grande tristeza".
Miguel percebeu então que precisava de ajuda psicológica: "Fiz terapia e foi mesmo o que me salvou. Claro que me salvou também o carinho e o amor de tanta gente, da família e dos amigos, mas às vezes a ajuda de um profissional é indispensável. A saúde mental merece o acompanhamento médico que qualquer tipo de maleita física também merece", nota.
"Só chorava à noite, não era bom estar vivo, não havia prazer em se estar vivo", recorda, garantindo que hoje está bem.
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