Rui Maria Pêgo foi o entrevistado desta quinta-feira, 21 de março, da rubrica 'Olhos nos Olhos'. À conversa com Tânia Ribas de Oliveira no programa 'A Nossa Tarde', o ator e comunicador lembrou os tempos de escola e de que forma escondia a sua personalidade.

"Sempre soube [que era homossexual], comecei a perceber quando era miúdo, mas não conseguia intuir, de facto, porque vivia numa realidade - embora em casa muito livre - na escola, muito conservadora, muito católica, muito tradicional. A diferença era perseguida", reflete.

"Lembro-me de usar uma camisola roxa na escola e de ser um acontecimento diferente, porque ninguém se vestia com cores diferentes. Isto parece uma coisa de menor importância, mas não é quando estás a esculpir a tua personalidade e quem tu és", sublinha.

"Acho que aquilo que acontece a muitas crianças LGBT é que tu demoras uma vida a estar ok com aquilo que escondeste para sobreviver. Isso demora muito tempo", diz ainda.

Por fim, conclui: "Andamos todos à procura de nos conseguirmos encontrar no mundo. Acho que essa é a melhor maneira de viver. Acho que quem compactua com um sistema que o oprime, acaba por perder essa cor".

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