Lara Fabian revelou, pela primeira vez, que foi assediada sexualmente no início da carreira. "Isto já aconteceu há 25 anos", confessa a cantora, compositora, atriz, instrumentista e produtora discográfica canadiana de ascendência belga de 50 anos, que já gravou um dueto com o cantor português Tony Carreira. Atualmente a promover "Lara", um filme documental produzido por uma plataforma de distribuição de conteúdos canadiana, a artista tem surpreendido os fãs com declarações bombásticas.

"Encarei este documentário como uma porta que se abria para a minha vida, para a minha família, para o meu trabalho e para o ser humano que sou, o que acabou por gerar uma série de confidências. Perde-se um pouco o filtro. Foram muitos os momentos em que me esqueci das câmaras", garante a intérprete de êxitos como "Love by grace", "I will love again" e "Meu grande amor". Apesar das revelações, há um episódio que não é abordado no registo documental, o assédio sexual de que foi vítima no início da carreira.

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"Nunca falei disso, nem durante as gravações do documentário", assumiu Lara Fabian em entrevista. "Enquanto mulheres, há um preço que estamos ou não dispostas a pagar em nome de alguns dos nossos sonhos. Mas, a partir do momento em que cedemos, não imaginamos o tamanho da dor. Isso aconteceu comigo mas foi uma coisa que travei logo", desabafa a artista, que garante que nunca pôs a hipótese de subir na horizontal, acabando por ser prejudicada por isso. "Foi muito duro porque teve consequências, grandes consequências, mas para mim, enquanto mulher, teria sido muito grave ter de fazer determinadas coisas para poder ser bem sucedida. Nunca o teria aceite", admite mesmo a cantora.

Na altura, por receio de poder vir a ser julgada na praça pública, preferiu não apresentar queixa às autoridades. "Disse à pessoa que não estava interessada e fui-me embora. Tive a noção que, naquela altura, a única coisa que eu poderia fazer era dizer que não e afastar-me", refere Lara Fabian, que em 1988, o ano em que aquela que viria a ser a sua futura rival musical, Céline Dion, outra canadiana, venceu o Festival Eurovisão da Canção pela Suíça, também participou no certame em representação do Luxemburgo.