Que livro é este?
É um livro que aborda a ponte aérea Luanda/Lisboa em 1974/75, a maior de sempre em Portugal, as vivências e dramas de pessoas que tiveram de abandonar tudo e começar vida nova em Portugal.
A ideia foi sua?
Foi minha, depois de convidado pela editora Esfera dos Livros a escrever um livro histórico romanceado. Escolhi este tema, porque o vivi de perto, eu e toda a minha família.
Quanto tempo demorou a escrevê-lo?
A desenvolver ideias, fazer investigação e escrever, tudo junto demorou oito meses.
Já está a pensar no próximo?
Já. A editora quer continuar no próximo ano. Vamos ver se tenho tempo.
Para além da escrita, como gosta de ocupar os seus tempos livres?
Viagens, desporto, cinema, família e muitos amigos.
O que seria um bom programa para fazer com os seus filhos?
Viajar com eles. Adorava ir à mina cidade em África, Sá da Bandeira, agora Lubando, em Angola, mostrar-lhes os sítios onde brinquei e estudei.
E com os amigos?
Grandes e boas jantaradas seguidas de longas e extraordinárias conversas.
Tem algum hobby?
Viajar.
O que o comove?
Nunca me comovo com os grandes momentos, mas não me seguro com coisas simples. Por exemplo, comove-me ver de manhã mães com filhos ao colo a caminho da paragem do autocarro antes de irem para mais um duro dia de trabalho.
O que o faz rir às gargalhadas?
Uma situação imprevisível num jantar institucional.
O que mais o surpreende?
Assistir à forma hipócrita como as pessoas se relacionam hoje no mundo do trabalho. A necessidade de sobrevivência leva a maioria das pessoas a "vergarem-se" e a humilharem-se perante todo o tipo de situações e pessoas sem carácter. Vale a máxima "nunca se sabe o dia de amanhã"...
O que não suporta?
Gente arrogante, vaidosa e sem carácter.
Uma máxima de vida?
Vivê-la intensamente e respeito absoluto pelos outros. Esta vida são dois dias e o carnaval são três.