Manuel Luís Goucha recebeu hoje no seu programa André Ventura, um dos candidatos às eleições presidenciais e líder do Chega. Os dois tiveram uma conversa "olhos nos olhos" na qual o apresentador confrontou o político com os assuntos mais polémicos.

Um deles disse respeito aos homossexuais, uma vez que Ventura é acusado de intolerância quanto a esta minoria.

"Muitos dos meus amigos são homossexuais. Tenho um enorme respeito pela orientação sexual dos outros. Nunca me irá ouvir dizer que são menores que os outros", fez saber, defendendo que quanto à questão do matrimónio não deveria existir uma "discriminação" mas um "regime jurídico diferenciado".

Confrontado com as desavenças que teve com José Castelo Branco, André Ventura respondeu sem 'papas na língua': "Não se safaria com aquele estilo pindérico. Se eu ganhar o país vai acordar de tal maneira que aquele cidadão já não teria um lugar aqui. (...) Não é ameaça nenhuma".

Não ficando indiferente a estas palavras, Goucha afirmou: "O seu estilo é de política trauliteira e brigona. O senhor cavalga sobre o descontentamento das pessoas. Você diz as verdades que as pessoas querem ouvir".

"O senhor sabe perfeitamente que ganhou um palco e que está a jogar para as legislativas", acrescentou.

Já sobre a sua vida pessoal, André recordou a vida passada em Mem Martins, Lisboa, e as lições que tirou ao viver num dos subúrbios da capital, evidenciando a injustiça social que presenciou.

Este ainda fez questão de falar da relação próxima que tem com Deus. "Não fui batizado, só com 14 anos e foi uma escolha minha. Acho que Deus me levou até à igreja. Até hoje ficámos com uma ligação para a vida toda". "Deus deu-me essa missão que é a de transformar Portugal. Sinto que Deus me quer neste papel", garantiu.

Casado com Dina há quatro anos, o entrevistado confessou que a mulher não concorda com tudo o que ele defende, mas lamenta a forma como esta é perseguida, apesar de não ser uma figura pública. "Todos os dias recebo ameaças de morte, a mim e à minha família. Nenhum político foi tão ameaçado na história da democracia como eu fui", garante

Houve ainda espaço para receber em estúdio o animal de estimação do político, a coelho Acácia. "Está-me sempre a acompanhar. Fico muito contente que ela faça parte da nossa vida".

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