Maxwell foi considerada culpada por um júri de cinco acusações, incluindo uma por tráfico sexual de raparigas menores de idade, recrutadas para serem abusadas pelo milionário Epstein.

O recurso apresentado no tribunal tem o carimbo de hoje, mas a data é de 29 de junho, um dia após a juíza Alison Nathan ter proferido a sentença.

A advogada de Maxwell, Bobbi Sternheim, assinalou no documento que o recurso apresentado, pelo qual pagou 505 dólares, é tanto contra a decisão do júri como contra a sentença.

A acusação tinha reclamado entre 30 e 55 anos de prisão, enquanto os seus advogados pediram uma sentença "apropriada", "bem abaixo" do intervalo proposto pela procuradoria.

Maxwell, de 60 anos, foi condenado em cinco das seis acusações que enfrentou, incluindo tráfico sexual, após um julgamento de um mês em que testemunhas relataram que ajudou Epstein a recrutar e abusar de raparigas menores de idade.

Durante o julgamento, os procuradores alegaram que Maxwell visava raparigas "menores, bonitas e vulneráveis" de famílias perturbadas, sempre com um pai ausente, e seduziu-as com o seu estilo "sofisticado", até as levar, sempre desacompanhadas, às mansões de Epstein.

Quatro alegadas vítimas testemunharam durante o julgamento sobre como Maxwell tinha ganhado a sua confiança, as havia seduzido até às mãos de Epstein e disseram que o fizeram para mostrar as feridas que carregaram durante toda a vida.

A defesa tentou durante todo o tempo retratar Maxwell como vítima de Epstein e culpou a acusação de ter iniciado o caso contra a arguida devido à impossibilidade de julgar o cérebro do esquema, que se suicidou numa cela da prisão, em Nova Iorque, no verão de 2021, enquanto aguardava julgamento.

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