A polémica em torno de Kanye West ganhou enorme dimensão nos últimos dias, motivando decisões radicais que deixam ainda mais fragilizada a imagem do rapper.

Depois de várias marcas terem terminado as suas parcerias e contratos com Kanye, também a cidade de Chicago, de onde o músico e produtor é natural, resolveu apagar a sua imagem de um mural de homenagem que lhe tinha sido feito.

No mural, no bairro de Fulton Market, onde antes víamos pintada a figura de Kanye West está agora com uma silhueta preta. Um gesto de revolta, que manifesta a vergonha e tristeza que se sente a nível local pelos graves comentários antissemitas feitos pelo ex-marido de Kim Kardashian.

"Precisamos de modelos melhores", disse o artista responsável pela criação do mural ao partilhar uma imagem das alterações agora feitas.

A imagem original do mural, feito em homenagem ao músico© Reprodução Twitter

A imagem atual do local, um ator de revolta perante a polémica© Reprodução Twitter

Entenda a polémica

Kanye West tem assumido publicamente ao longo das últimas semanas posições consideradas extremistas e antissemitas. O rapper usou as redes sociais para afirmar que a escravidão era uma escolha, a vacina contra a covid-19 a "marca da besta" ou fazer considerações graves sobre os Judeus.

A estas recentes tomadas de posição junta-se o facto de Kanye West ter usado na Semana da Moda de Paris uma camisola com a inscrição 'White Lives Matter' (vidas brancas importam).

Cancelamentos, fim de parceiras e perdas de milhões

Devido às suas declarações antissemitas, Kanye West viu marcas como a Balenciaga, Adidas e Vogue fecharem-lhe a porta. A sua estátua de cera foi retirada do museu Madame Tussauds e o documentário sobre a sua história foi cancelado.

"Perdi dois mil milhões de dólares [dois mil milhões de euros, aproximadamente] num dia. Ainda estou vivo", reagiu o músico, de 45 anos, ao regressar ao Instagram - depois de ter estado banido da rede social.

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