“Uma Noite em Nova Iorque” é o 12º romance de Tiago Rebelo, jornalista-editor de Sociedade da TVI. Para além destes, ainda escreveu mais quatro da série infantil “A Amarguinha”, uma produção que começou apenas há 10 anos. Em casa tem quatro filhos, entre os 4 e os 16 anos, e a menina mais velha já lê os romances do pai.
Não faço ideia mas seguramente umas centenas de milhares. Só muito poucas pessoas conseguem vender tantos livros, se tivermos em conta que uma edição média em Portugal deve ter mil livros e saem mil novidades por mês, num mercado pequeno que lê muito pouco.
Nunca escrevo a pensar que estou a escrever para mulheres ou para homens. Limito-me a contar a minha história. A realidade é que a maioria das pessoas que compra romances é mulher. Tanto eu como qualquer autor, em princípio, tem mais mulheres a lê-lo.
Dizem-me normalmente que gostaram do livro e recebo muitos emails de pessoas que me contam que se identificaram com a história. Este último livro é sobre vários relacionamentos e tem muitos pontos de contacto com qualquer pessoa, ou seja todos já viveram situações iguais, ou, pelo menos, parecidas. A particularidade deste romance é que as histórias das personagens do livro se cruzam em Nova Iorque.
As histórias são de ficção. Contudo, se qualquer escritor tirar da cabeça aquilo que viveu e conheceu, não fica nada para contar. Nós só podemos falar daquilo que conhecemos, que vivemos, que experimentámos e que observámos. Por isso a história, de alguma forma, tem a ver com os nossos conhecimentos e com a nossa experiência de vida. O que não quer dizer que tudo o que escrevo seja realidade.
Depende do tipo de histórias. Quando escrevo um romance como o anterior, “O Homem que Sonhava ser Hitler”, com uma parte mais social e política, obviamente que a minha experiência como jornalista me ajuda a construir a história. No caso do último livro, nem tanto…
O mais importante é escrever todos os dias, é isso que me ajuda a construir a história porque, à medida que vou escrevendo, vou tendo ideias. E só escrevendo todos os dias um pouco mais, acrescento futuro ao livro.
Ainda não.
Gosto de todos, mas acho que há uns melhores do que outros. Os meus preferidos são “Uma Noite em Nova Iorque”, “Tempo de Amores Perfeitos” e “O Homem que Sonhava ser Hitler”.
Curiosamente são. O “Homem que Sonhava ser Hitler” vendeu muito bem mas foi um livro arriscado porque tem uma grande componente policial e política. Mas foi um risco que eu quis correr porque não gosto de estar preso só a um estilo literário. Gosto de ir variando. Tenho histórias de amor, histórias políticas, histórias de guerra, romances históricos….
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Consigo. Tenho um escritório em casa onde escrevo, mas não sou obsessivo quando estou a escrever. A porta está sempre aberta e os miúdos entram e saem à vontade. Como sou jornalista e toda a vida trabalhei em redacções com barulho à volta, não me faz confusão.
Sou as duas coisas. Não faço distinção. É como perguntar a uma criança se gosta mais do pai ou da mãe.
Já lê e gosta. Ainda não os leu todos mas vai lendo.
Não, ela prefere ler os livros quando são publicados. A primeira pessoa a ler é a editora.
Gosto de ir à praia o ano todo. E como gosto muito de praia, no Verão vamos quase sempre para o Algarve.
Vou. Sou muito organizado.
Como toda a gente, tenho vontade de progredir na vida. Mas tenho a sorte de fazer aquilo que sempre quis fazer. O meu sonho é ter mais sucesso e ouvir mais pessoas a dizer que gostaram de ler um livro meu. Esse é o reconhecimento do meu trabalho.
(Texto: Palmira Correia)
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