Mulher solidária, a atriz Oceana Basílio aceitou sem hesitar o convite para embaixadora da “Casa das Cores”, um centro de acolhimento de crianças em risco de Lisboa. O SapoMulher conversou com ela no espaço KidZania, no lançamento de “Juca o amigo guardião da Casa das Cores”, um livro infantil cuja venda reverte para a instituição.


Como surge esta sua associação à “Casa das Cores”?

É um projeto que já conhecia há alguns anos e que ajudei até agora de uma forma incógnita. Tenho uma amiga que é colaboradora da “Casa das Cores”, conheci algumas crianças e fui ganhando um carinho especial. Sempre que podia, dava a minha ajuda com roupas ou outros produtos.
Quando surgiu o convite para me associar e ajudá-los com o livro do Juca, fazia todo o sentido aceitar. É uma causa muito nobre e justa.

É difícil acompanhar a situação destas crianças? Sente, por exemplo, que o apoio parece sempre pouco?

É sempre pouco, porque o maior apoio é sempre a nível sentimental e na construção interior destas crianças. Todo o pouco que conseguimos contribuir já é muito perante todas as dificuldades que existem. É óbvio que custa sempre, queríamos poder ajudar todas as crianças, não só em Portugal, mas onde fosse possível. Mas sentir que posso fazer um bocadinho a minha parte torna-se também um bocadinho mais apaziguador.

Além da “Casa das Cores”, está ligada a mais algum projeto de solidariedade?

Diretamente não. Tenho a minha forma de ajudar outras pessoas mas, em termos de dar a minha imagem, este é o único.

Também incentiva a sua filha, a Francisca, de 9 anos, a dar o que já não precisa como, por exemplo, brinquedos?

Desde pequenina. A Francisca já sabe que há várias alturas do ano, como no final do verão ou Natal, em que fazemos sempre uma escolha das roupas, brinquedos e artigos da casa. Coisas que guardamos e que acabam por tornar-se supérfluas porque não precisamos de tanto. Então, porque não darmos a um vizinho que precisa?

Concorda que algumas vezes ajuda-se quem está longe ou quem não se conhece e não se olha em volta, para quem está próximo e que também pode precisar?

E cada vez mais! Ainda existe algum preconceito nas pessoas em pedir ajuda. E, às vezes, na rua, ao nosso lado, temos pessoas que precisam. Basta abrandarmos um bocadinho o nosso ritmo e observarmos. Às vezes podemos parar apenas para conversar com os vizinhos. Há inúmeras pessoas de idade a viverem sozinhas em Lisboa, noto muito isso. Se pararmos um bocadinho a dar um ‘bom dia’, um sorriso, uma palavra, às vezes já ajudamos imenso!