
Depois de ter estado negativo para a Covid-19, o DJ português Luís Costa, mais conhecido como Magazino, voltou a testar positivo. No entanto, na passada sexta-feira, o artista partilhou novas novidades sobre o seu estado de saúde nas páginas de Instagram e Facebook e revelou que voltou a testar negativo para o novo coronavírus e foi novamente transferido para o IPO.
"Entrei a andar no Santa Maria mas sai de maca. Apanhei uma infeção fúngica, muita febre, uns inchaços com nódoas negras pelos músculos no corpo todo e deixei de caminhar. Voltei ao IPO, já estou bem melhor com os antibióticos que comecei a fazer no Santa Maria, como não há tempo a perder, a equipa de médicos do IPO que me acompanha, sugeriu testar pela primeira vez em Portugal uma nova terapêutica, uma mistura de quimio oral, subcutânea e endovenosa", começou por contar.
"Perguntei 'é para começar quando?'; 'quando assinar um termo em como se responsabiliza'; 'então assino já'. Tenho confiança plena na equipa médica e estou a escrever este texto já com a primeira dose de quimio endovenosa a correr-me nas veias. Para já, muito calor, secura na boca, mas sobretudo muito entusiasmo nesta nova terapêutica. Se aguentar, porque o risco é grande, nas palavras dos médicos, são quatro meses para tentar limpar a medula ao ponto de conseguir o tão almejado transplante. Os entusiastas partem para a solução e conseguem-na", destacou de seguida.
Mas não ficou por aqui e, este domingo, voltou a atualizar os fãs sobre a sua batalha. "Dias cinzentos no Santa Maria. É domingo, acordo com umas dores fora do normal, parece que levei uma paulada em cada músculo do corpo, chamo a enfermeira, checa a temperatura, febre, pois claro... No corpo inchaços espalhados nos mais diversos sítios. Ao domingo não há movimento, vou fazer fisio, não sem antes mamar paracetamol endovenoso. Ponho os pés no chão e 'ca****!!! que dores no pé esquerdo'. Dois inchaços em plena palma do pé... não dá de pé, faço deitado. Felizmente nos braços não tenho inchaços, agarro no saco azul do Ikea e encho com os livros que trouxe embrulhados num lençol. Para os lados, para cima e para a frente com os dois braços. Não é muito, mas repeti vezes sem conta, à noite um comprimido para dormir e está feito o dia", relatou.
"Segunda acordo com o médico e a enfermeira, cama toda molhada, medem a temperatura e... febre. Paracetamol para começar ao pequeno almoço, o médico vê os sinais vitais, ausculta-me, apalpa a barriga, vê os inchaços (desta vez já tenho nos braços, nem o saco do Ikea me salva hoje) e começa a debitar", acrescentou, citando todas as palavras do médico que mandou o DJ fazer uma série de exames.
"Perguntei 'já está tudo? Se sim, por favor peça no fim de fazer isto tudouma psicóloga, estou a precisar de falar'. O Dr disse que sim. Lá fiz estas m***** todas, algumas a doer mais que outras, quando fui à TAC com a auxiliar, deixou-me deitado dentro do tubo, quando me aplicaram o contraste (líquido radioactivo), Técnico: 'encha o peito de ar, não respire, vai sentir sabor a ferro na boca e um calor a invadir o corpo'; Eu: 'ligou aí algum vulcão? Parece que o corpo vai explodir!'; TÉC: 'calado!! não respire, acabou, auxiliar pode entrar'; Auxiliar: 'epa, está todo suado, o que é que lhe aconteceu?!'; Eu: 'pedi para ligar o solário, estou com cor de hospital há muito tempo, vamos embora que já chega por hoje'; Deito-me e repito até à exaustão: 'amanhã vai ser um melhor dia', não é milagroso mas acreditem que ajuda e muito", rematou.
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