Catarina Miranda esteve, uma vez mais, em grande destaque no 'Big Brother', onde se tem assumido como a principal protagonista. Ainda assim, na gala de ontem, dia 12 de maio, foi aplaudida por diferentes motivos.

A participante de Almeirim, de 25 anos, fez a sua 'curva da vida' e assim recordou os momentos mais impactantes por que já passou. Começou por referir que teve um início de infância feliz, marcado por muitas viagens e por abundância. "Nunca me faltou nada, às vezes até era demais. Mas no dia em que o meu irmão nasceu, o meu pai, durante toda a minha infância, sempre fez muita distinção entre mim e o meu irmão. Sentia-me com falta de atenção, porque era isso que eu queria, era a aprovação dele. Nunca a tive", fez notar.

"Nós descobrimos que ele tinha um caso e a minha mãe, mais tarde, tentou ir a Angola para resolver o problema. Não havia mesmo volta a dar. A minha mãe não tinha muito dinheiro para comer, porque não chegava, e os meus avós é que nos emprestavam para ajudar nos primeiros tempos enquanto o dinheiro não chegava cá. Todos os dias pedia dinheiro e ela não me podia dar", acrescentou então Catarina, referindo-se assim ao início das dificuldades em sua casa.

Catarina Miranda falou depois sobre o primeiro namoro, com um colega de um restaurante em que trabalhou. Diz que neste momento foi "enxovalhada todos os dias" e que para namorar com este rapaz "pagou um preço um bocadinho mais alto".

No segundo ano do estágio, a concorrente participou no Concurso Jovem Talento da Gastronomia, que acabou por vencer. Decidiu, depois, candidatar-se a trabalhar como chef num cruzeiro, cujo curso foi pago com dinheiro que a avó, um dia antes da primeira prestação, havia ganho numa raspadinha.

Já em Inglaterra, mais precisamente em Hull, Catarina assumiu o cargo de chef de três secções de um restaurante, onde viveu um momento de terror. "Houve um dia em que fui escalada para ir para o melhor restaurante do cruzeiro. Quando souberam, houve um senhor que entrou para o elevador e por eu ter tirado o lugar à mulher dele, ele queria fazer-me mal no elevador, queria agredir-me. Se o elevador não abrisse a tempo, não sei o que teria acontecido. Foi duro, foi muito duro", relatou.

Foi neste momento que Catarina Miranda falou sobre o aborto, situação que já tinha abordado resumidamente nos primeiros dias na 'casa mais vigiada do país'. "Houve um rapaz, que eu achava muita graça desde sempre, é um amigo de família. Começámos a sair e houve um dia em que começo a sentir-me mal. Estava grávida de quase três meses, sendo que nós já tínhamos terminado esta relação. Engravidei na última noite que tive com ele. Queria muito ser mãe, mas ele não queria assumir. Foi a primeira vez na vida que sofri de depressão", recordou, dizendo que não tinha vontade de comer e de fazer o que quer que fosse.

Ao contar aos avós da gravidez, Catarina recebeu uma resposta impactante. "A minha avó disse-me: 'podes ter esse filho, mas o teu avô diz que se tiveres esse filho vais ter de sair de casa'. Eu tinha a conta a zeros, o melhor era fazer o aborto. Não morri, mas um bocado de mim morreu naquele dia", disse.

Já perto do fim, Catarina Miranda lembrou a participação no programa 'Hell's Kitchen', da SIC. "Queria muito ganhar, mas naquela competição sabia que não ia ganhar. Fui a vilã, as pessoas falavam mal de mim sem me conhecerem. Acho que, nesta altura, o que me valeu foi saber realmente quem sou", assegurou.

Veja aqui toda a 'curva da vida' de Catarina Miranda.

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