O presidente e a primeira-dama dos Estados Unidos lamentaram hoje a morte do príncipe Filipe, marido de Isabel II, destacando a "evidência" do impacto das décadas de serviço público nas causas que o duque de Edimburgo defendeu.
Numa mensagem enviada a Isabel II, Joe e Jill Biden lembraram o envolvimento do príncipe consorte britânico, que morreu hoje a dois meses de completar 100 anos, em causas ambientais, militares e associadas à juventude.
Para os Biden, o legado de Filipe "viverá não apenas por meio da sua família, mas em todos as iniciativas de caridade" que ajudou a moldar.
A morte do duque de Edimburgo, que ocorreu hoje no castelo de Windsor, nos arredores de Londres, também foi lamentada por mais dois ex-Presidentes dos Estados Unidos - Barack Obama (2009/17) e Bill Clinton (1993/2001) -, que endereçaram condolências à Casa Real britânica.
Num comunicado, Bill Clinton e a mulher, Hillary Clinton, antiga secretária de Estado norte-americana e ex-candidata presidencial, manifestaram as condolências à Rainha Isabel II e respetiva família e ao povo do Reino Unido e da Commonwealth.
"Hillary e eu lamentamos o falecimento de Sua Alteza Real, o Duque de Edimburgo, e unimo-nos às pessoas de todo o mundo para agradecer pela sua notável vida de serviço. Apreciamos todas as oportunidades que tivemos de visitá-lo ao longo dos anos e estaremos sempre profundamente gratos pela bondade que ele demonstrou", lê-se num comunicado conjunto.
Também Obama, numa declaração em que manifesta tristeza pela morte do duque de Edimburgo, elogiou o príncipe Filipe pela "extraordinária parceria" com a Rainha Isabel II durante mais de meio século no cenário mundial, entre guerras mundiais e crises económicas.
"Ao longo de todo esse tempo, ajudou a fornecer uma liderança estável e uma sabedoria orientadora. Há muito que se diz que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha têm um relacionamento especial, que foi mantido e fortalecido não apenas por presidentes e primeiros-ministros, mas pela Família Real, que sobreviveu a todos eles", observou Obama, numa declaração pública.
O antigo Presidente dos Estados Unidos lembrou que Isabel II e Filipe "deram as boas-vindas" a líderes como Winston Churchill, John F. Kennedy, Nelson Mandela e Mikhail Gorbachov e relembrou o nervosismo que sentiu antes de uma visita da então primeira-dama Michelle Obama ao Palácio de Buckingham em 2011.
"Como dois norte-americanos desacostumados a palácios e pompa, não sabíamos o que esperar. Não nos deveríamos ter preocupado. A Rainha e o príncipe Filipe puseram-nos imediatamente à vontade com a sua graça e generosidade, transformando uma ocasião cerimonial em algo muito mais natural, até confortável", afirmou Obama.
"Através do seu extraordinário exemplo, [Filipe] provou que a verdadeira parceria tem espaço para ambição e abnegação, tudo ao serviço de algo maior", concluiu.
Filipe tinha saído recentemente do hospital, onde foi submetido a uma intervenção cirúrgica a problemas cardíacos, e encontrava-se no Palácio de Windsor quando acabou por morrer.
Como consorte mais antigo do Reino Unido, realizou mais de 22.000 compromissos públicos individuais, e muitas vezes se descreveu de forma bem-humorada como "o inaugurador de placas mais experiente do mundo".
Filipe afastou-se das funções púbicas em 2017 e a sua morte não afeta a linha de sucessão, pois nunca dela parte dela, pelo que o herdeiro continua a ser o príncipe Carlos.
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