Carlos Santana decidiu perdoar o homem que abusou dele sexualmente entre os 10 e os 12 anos de idade, destaca a imprensa internacional.

Refletindo sobre este trauma de infância, o músico falou sobre o seu caminho para encontrar paz e aceitação.

"Aprendi a olhar para toda a gente que já se esforçou para me magoar, rebaixar-me ou fazer-me sentir inferior, como se tivessem cinco ou seis anos de idade, e sou capaz de olhar para eles com compreensão e compaixão", notou em declarações à revista People.

"Por exemplo, esta pessoa que abusou realmente de mim, em vez que o mandar para inferno, visualizei-o como uma criança e por trás dele havia imensa luz", descreve.

"Por isso, posso enviá-lo para a luz ou para o inferno, sabendo que se o enviar para o inferno, terei que ir com ele. Mas se o enviar para a luz, então irei com ele à mesma", afirma.

Tais declarações surgiram dias antes da estreia do documentário 'Carlos' no Tribeca Film Festival.

Numa entrevista que deu anteriormente à Rolling Stone, Carlos confessou que foi abusado "quase todos os dias" entre os 10 e os 12 anos por um homem norte-americano que passava a fronteira e lhe trazia presentes. Tudo acabou quando Santana se sentiu apaixonado por uma rapariga e o abusador ficou com ciúmes.

"Olhei para ele pela primeira vez como ele realmente era: uma pessoa muito doente", descreveu. "Queres ficar zangado contigo mesmo por não teres sabido. A mente tem um caminho próprio de te fazer sentir culpado: és culpado em parte, devias ter vergonha, foste tu que causaste isto", lembrou.