A propósito da partida de Pedro Lima, a depressão foi um dos assuntos mais abordados ao longo da última semana. Refletindo sobre a doença que tem afetado milhões de pessoas um pouco por todo o mundo, bem como a necessidade de aceitação da atual geração, Ângelo Rodrigues fez uma reflexão com que muitas pessoas se identificaram.

"Porque somos apenas pequenas matrioscas que se escondem do aplauso das multidões. Todo o oxigénio do espaço mediático foi sugado. Não falamos de marcas, de likes, nem de estações de televisão. Falamos de pessoas. De atletas emocionais que muitas vezes tentam apagar fogos com fósforos e dos quais é esperada uma espécie de heroicidade social que emane felicidade, ainda que forjada, a toda a hora", notou.

"Rebecca West, falecida escritora inglesa, dizia: 'A conversa é uma ilusão. Há apenas monólogos que se cruzam'. Não sabemos por que linhas se cose a saúde mental", disse ainda.

Por fim, concluiu: "A geração mais livre da História é, também ela, a geração mais deprimida da História. Podemos começar a dar nome às angústias para que não vivamos deslocados como índios na catequese. Ignorando toda a gordura social - adicionando vida aos anos, e não anos à vida - para que cheguemos lá na frente, na velhice, rijos e saciados".

Palavras com as quais Cláudio Ramos se identificou.

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