Serve este preâmbulo para abrir aqui uma exceção. Gosto, e não é de hoje, da fórmula desenvolvida pela Generator, uma marca europeia de lifestyle que se especializou em elevar a fasquia dos albergues a algo que, não sendo também um hotel, proporciona maior conforto e uma estada inspiracional sem comprometer a questão do “preço de amigo”. Muito atentos ao design, eles têm sabido escolher não só as cidades do momento — como Londres Paris, Barcelona, Hamburgo, Dublim, Berlim, Copenhaga, Veneza e agora também Amesterdão (para breve estão Estocolmo e Roma), como os bairros emergentes, elegendo quase sempre edifícios antigos. E, detalhe importante, em vez de terem apenas camaratas, colocam igualmente na equação quartos privados e até uma suite.
É o caso do Generator Amsterdam, aberto desde meados de março, que se encontra na zona leste da cidade, no renovado bairro de Oosterpark, Anunciado como o primeiro albergue “de categoria” por ali, ele ocupou um prédio em tijolo do início do século XX que fez as vezes de departamento científico da Universidade de Amesterdão. Por isso mesmo, os novos donos fizeram questão de manter o laboratório ou o centro de leitura, mas por outro lado não hesitaram em usar cores vibrantes ou painéis gráficos para criar uma atmosfera mais contemporânea e arty.
À semelhança dos seus antecessores, este Generator holandês possui várias áreas comuns destinadas à socialização, das quais destaco, pelo que li, o café (aberto do pequeno-almoço ao jantar), o auditório, a biblioteca e, previsto para o final deste ano, um bar ao estilo speakeasy.
Há uma ou outra coisa que mudaria, mas, avaliando o custo-benefício, não tenho o menor pejo em afirmar que se sai bem melhor do que muito auto-proclamado “hotel de charme”.
Por João Miguel Simões, texto (follow me on Instagram @jmigsimoes)
Generator Amsterdam | Holanda, Mauritskade 57, 1092 AD Amesterdão. Dormidas desde €18 em camaratas, €70 em quartos privados, €100 em suite de luxo.
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