Sabemos que o Clube VII é uma referência dos ginásios em Lisboa. Porque na realidade, não o é. Seria redutor reduzirmos este espaço a mais um ginásio. É clube, na verdadeira aceção da palavra, dedicado ao bem-estar e exercício físico.

“Nasce como um clube social, claro que tem uma componente desportiva”, mas é um espaço que dá “uma noção de identidade que contribuiu para alguma coisa”, começa por explicar Carolina Melo Duarte, administradora-executiva do health club.

A localização não podia ser mais privilegiada. O VII do nome vem precisamente do facto de estar instalado no centro de Lisboa, no Parque Eduardo VII. A sua dimensão também não o deixa por menos: um total de 10 mil m2 onde, além das salas e estúdios para as aulas, com mais de 140 opções, há uma piscina interior de 25 metros, com teto retrátil, box de cross fit, sete campos de padel e seis campos de ténis. No entanto, todo este espaço é reservado o suficiente para passar despercebido, num lugar onde acontecem grandes eventos como o Winter Wonderland ou a Feira do Livro de Lisboa.

O convite para conhecer melhor o Clube VII surgiu uns dias antes de começarem as obras de renovação profundas que vão acontecer nos próximos meses. O que se conheceu do health club com 25 anos de existência, vai mudar substancialmente. E nesta área, quem não muda, acaba por se tornar irrelevante.

As alterações começaram em 2022 com a troca de donos do clube e a entrada de Bruno Nunes e Carolina Melo Duarte, a dupla de administradores-executivos que são os agentes destas mudanças.

“Uma pessoa para atingir os seus resultados depende da alimentação, do repouso e do treino em si. E nós conseguimos acompanhar nas três áreas”, resume Bruno Nunes. “Temos uma oferta que nos distingue de qualquer ginásio em Portugal”, afiança.

Clube VII, o health club mais familiar de Lisboa
A piscina tem 25 metros de comprimento. Divulgação

Essa distinção pode estar no facto de ofereceram uma avaliação de treino de mês e meio em mês e meio, com um treino acompanhado, e também seis consultas nutricionais ao ano, incluídas na mensalidade de 110€. Há ainda outros planos, como um específico para jovens, entre os 16 e 26 anos, por 81€ ou planos familiares e acordos com empresas a 93,50€.

“Temos um serviço altamente abrangente, onde oferecemos as toalhas, de banho e de treino, e queremos que tenham uma experiência confortável e que começa por conseguir trazer a minha família”, diz Bruno.

Esse é talvez o ponto que distingue efetivamente o Clube VII dos demais: o facto de ser muito direcionado para as famílias, seja na oferta das aulas que têm para essa faixa etária, pelos programas de pré e pós-parto, como pelo tanque para aulas de natação para bebés e o Clubinho, um espaço de ocupação de tempos livres que incluiu uma hora de babysitting, por sócio, a partir dos três meses de idade, e um serviço com monitores que podem conduzir as crianças nas suas atividades desportivas e ajudá-las com a logística de banho e trocas de roupa.

“Ao sábado de manhã estamos cheios de crianças. Os pais estão a tomar o pequeno-almoço, tranquilos, e as crianças estão no Clubinho ou a circular entre atividades. Isso também dá muita qualidade de vida aos pais, que hoje em dia estão um pouco sufocados com a gestão das crianças. Isto também é um momento para eles”, explica Carolina Melo Duarte.

Há ainda o serviço de Spa, com a marca Comfort Zone, que não está incluído na mensalidade, com as típicas massagens de relaxamento ou drenagem linfática, mas também novas tendências como o facial gym, “muito conhecido em Nova Iorque”, como nos diz Carolina Melo Duarte, um tratamento que incide sobre os músculos faciais de forma a tonificá-los.

Uma das áreas que os administradores-executivos fazem questão de evidenciar é a relação que têm com a comunidade, com uma oferta social que incluiu uma parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, onde disponibilizam as instalações do clube para algumas atividades com escolas da zona, como aulas de natação.

Clube VII, o health club mais familiar de Lisboa

“A nossa componente não é só para os nossos sócios, não somos elitistas. Também estamos abertos à comunidade, temos esse give back importante”, assegura Carolina Melo Duarte, que também reforça o trabalho que o clube tem com o público sénior.

“É sempre a franja da sociedade que é muito excluída dos health clubs, não é sexy. Nós temos imensos clientes que frequentam a piscina porque também temos hidroterapia e encontram aqui soluções muito adaptadas às suas dificuldades motoras, fazem convívios entre eles, estão aqui a almoçar, e também têm o gabinete de exercício clínico”, afirma.

Outra realidade do clube é o facto de 40% dos clientes serem estrangeiros, com a comunidade francesa, americana e brasileira à cabeça. Uma novidade que começaram a ter no início do ano são as chamadas “Staff Classes”, em que os colaboradores são convidados a experimentar as várias modalidades do health club.

A sensação com que ficamos é que mais do que um espaço dedicado à prática de exercício físico, é sobretudo um local onde as pessoas ficam, funcionando como uma espécie de oásis na selva urbana.

Ano novo, vida nova

Depois de dois anos de COVID-19, o regresso às rotinas está aos poucos a chegar a um ponto de normalidade pré-pandemia. E para dar o melhor serviço aos seus clientes, o Clube VII vai passar por uma série de mudanças.

As obras de remodelação começaram em fevereiro pelo restaurante, com uma nova decoração e menu focado em cozinha saudável, e o spa, que vai ter novos tratamentos com Led e radiofrequência. Haverá uma renovação da receção e da zona lounge, que pretendem que seja mais confortável, assim como uma nova entrada para a zona de padel. Os próprios balneários vão ser alvo de um refresh.

Clube VII, o health club mais familiar de Lisboa

Outra das grandes novidades na parte do restaurante é o facto de disponibilizarem opções de take-away. “É comida que nós conhecemos, mas com um toque saudável”, explica, numa solução pensada sobretudo para as famílias. A própria acaba por se servir de exemplo.

“Tenho o meu filho a fazer natação às 19h, e quando ele sai jantamos todos aqui, no restaurante, que está aberto até às 21h. É um conforto enorme porque não preciso ir para casa cozinhar depois da natação. Fico logo despachada”, evidenciando o facto de quererem funcionar como uma “one-stop shop”, onde as famílias têm resposta para as necessidades dos pais que “têm vidas exigentes do ponto de vista profissional e que aqui conseguem estar mais à vontade”.

No entanto, este plano de recuperação é mais ambicioso do que à partida pode parecer. Com a duração de três anos, tem o objetivo de transformar o Clube VII num espaço com consumos mais reduzidos. O grande projeto passa por dotar a cobertura dos campos de ténis de painéis fotovoltaicos, de forma a serem autossuficientes. Está ainda em estudo medidas que possam contribuir para a redução do consumo de água, gás e eletricidade, ou mesmo tornar o aquecimento da água mais sustentável.