Sabem aquela cadeira que muitos de nós tem no quarto com uma montanha de roupas que usámos uma vez, não queremos guardar no armário, chega um dia e pomos tudo para lavar? E aquela camisola dada pela nossa mãe que nos assenta horrivelmente mas nunca nos desfazemos por apego e fica anos e anos no fundo da gaveta esquecida? São estes bloqueios simples e comuns que quero explorar, apresentando soluções possíveis, propondo uma vida mais simples, com menos coisas e mais significado. Vamos a isso?
O meu foco é ajudar as pessoas a organizarem os seus espaços de forma a ficarem com o que lhes é essencial. Se vivermos em espaços conscientes, organizados e minimalistas a nossa vida torna-se mais simples e feliz. O que é isto de espaços conscientes e minimalistas? Não são casas com uma cadeira e uma colher, são sim espaços com objetos que nos façam felizes, que tenham utilidade e significado para nós. Significado é a palavra de referência durante qualquer processo de organização e transformação do espaço. Precisamos de perceber o significado dos objetos tem na nossa vida. Comece por colocar estas questões a todos os itens que tem em casa:
Faz-me feliz?
Ao olharmos para o nosso vestido preferido, para uma almofada confortável ou para um desenho dado por alguém especial, percebemos rapidamente quais os objetos que nos fazem felizes.
Traz-me boas recordações?
Nem todas as recordações são para manter. Aquelas que nos fizeram felizes, mas agora já não fazem mais sentido manter, tem carta-branca para ir embora.
Faz-me sentir bem?
Aqueles sapatos de salto alto para usar apenas cinco minutos ou aquelas calças que só assentam bem de manhã quando ainda não comemos nada, não são itens que nos fazem sentir bem. Não estamos neste mundo para usar roupa ou sapatos que nos façam sentir desconfortáveis. Agradeça e despeça-se delas.
Representam aquilo que somos?
Temos muita roupa porque sim. Aquelas peças que vivem anos no nosso armário mas nunca usamos porque não nos identificamos com elas, mas achamos que um dia para um evento especial poderá ser útil (mas esse evento nunca aparece), são peças que não representam o que somos e só ocupam espaço.
Potencializam o melhor de nós?
Seja por uma questão física - tipos de corpo, cores ou formatos - ou por uma questão mais psicológica - "sinto-me confiante" - há roupas que potencializam o melhor de nós e são essas que devemos manter, acarinhar e valorizar. Mais dessas roupas e menos roupas que não nos dizem nada!
Rafaela Garcez segue o método KonMarie e todas as semanas vai partilhar dicas de organização no SAPO Lifestyle.
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