A Organização Mundial de Saúde estima que, atualmente, vinte por cento das crianças e adolescentes têm pelo menos uma perturbação mental. Este valor tem vindo a crescer e reflete diversos fatores de risco que, muitas vezes, tendem a ser descurados quanto a saúde mental infantil.
A maternidade mexe com uma mulher: por fora, no corpo, na energia; e por dentro, em tudo aquilo que uma mulher sente. Surgem várias questões: “será que sou capaz?”, “será que a culpa é minha?”, “serei suficientemente boa mãe?”.
O medo apanha-nos muitas vezes de surpresa, sem estarmos à espera e, muitas vezes, perante coisas que outrora achávamos ser capazes, naquele instante tolhidos pelo medo deixamos de o ser e paralisamos.
Um dos rótulos que muito facilmente acabamos por colocar às criança é a hiperatividade e o défice de atenção e, a certa altura, temos um sem fim de crianças parecem ‘atropelados’ por esta condição.
É essencial darmos espaço aos adolescentes para que possam ser eles próprios, com todos os seus lados, isto é, com os seus lados bonitos e capazes e com os seus lados mais assustados e mais frágeis. As explicações são das psicólogas Cátia Lopo e Sara Almeida.
Não é verdade que construir uma família seja tarefa simples, pelo menos construir uma família saudável, onde há colo, segurança e lugar para os medos e sonhos de cada um. Apesar disso, os pais estão cada vez mais atentos e a procurar sintonizar-se com os filhos.
Cada vez mais estamos atentos às dificuldades escolares das crianças, focamo-nos no rendimento académico e é verdade que é um preditor do futuro sucesso de uma criança, mas também é verdade que significa muito mais do que isso.
Porque é que algumas crianças parecem não ser capazes de tomar banho, dormir, fazer os trabalhos de casa, ou até brincar, sem a presença de um dos pais?
Os pais não se tornam pais de repente, num estalar de dedos. Vão-se tornando pais aos pouquinhos e, tornar-se pai, ou Mãe, exige trabalho, tolerância, às vezes, esforço e sempre uma boa dose de amor.
As relações exigem confiança, exigem tolerância e exigem amor, e pelo meio de tudo isto, muitas vezes, resvalam para o atrito e para discussões cheias de tudo aquilo que, nem sempre, nos sentimos orgulhosos de dizer ou fazer. Ora se uma discussão por si só já é difícil, uma discussão com crianças na
Temos por hábito olhar para a infância como um lugar cor de rosa, quase mágico, onde os sonhos acontecem, a liberdade existe e o poder da imaginação comanda os dias. Mas, será esta a infância que estamos a permitir às nossas crianças?